
O novo enquadramento dos produtores rurais no Cadastur – sistema do Ministério do Turismo que reúne prestadores de serviços turísticos – representa um avanço significativo.
O turismo rural tem ganhado espaço no Brasil como uma alternativa estratégica para ampliar a rentabilidade no campo, diversificar atividades e valorizar a cultura local. Nesse cenário, o novo enquadramento dos produtores rurais no Cadastur – sistema do Ministério do Turismo que reúne prestadores de serviços turísticos – representa um avanço significativo.
A medida reconhece o agricultor como protagonista de uma cadeia que vai além da produção de alimentos, abrindo portas para que sua propriedade se torne também um destino turístico. Essa integração do setor rural ao sistema oficial de turismo, um pleito antigo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), de acordo com o seu presidente Tirso Meirelles, permite maior visibilidade, acesso a políticas públicas, promoção em feiras e eventos e inclusão em plataformas digitais de divulgação, aproximando o campo dos viajantes em busca de experiências autênticas.
Ao estar inserido no Cadastur, o produtor rural passa a integrar formalmente o mercado turístico, usufruindo de benefícios como linhas de crédito específicas, capacitações técnicas e possibilidade de parcerias com agências de viagem e operadoras.
Essa formalização fortalece a segurança jurídica das atividades de turismo rural, além de gerar confiabilidade para o visitante, que encontra no cadastro uma garantia de qualidade e regularidade dos serviços. Assim, propriedades familiares, sítios, fazendas e agroindústrias têm a oportunidade de transformar tradições, histórias e saberes em experiências econômicas sustentáveis, que ampliam a renda sem abrir mão da produção agropecuária.
Essa nova visão representa também um passo importante para a interiorização do turismo. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, o turismo rural surge como vetor de desenvolvimento regional, mantendo as pessoas no campo, gerando empregos locais e fortalecendo cadeias curtas de valor. A diversificação da renda ainda funciona como ferramenta de resiliência em momentos de crise agrícola ou de volatilidade no mercado de commodities.
Entretanto, para que esse movimento se consolide, a qualificação dos produtores rurais será determinante. Não basta ter uma bela paisagem ou oferecer boa culinária; é preciso atender o turista com profissionalismo, gestão eficiente e respeito às normas de segurança, sustentabilidade e acessibilidade. Nesse sentido, instituições como o Senar e o Sebrae desempenham papel estratégico com seus cursos de capacitação. A combinação dessas formações cria um alicerce para que os produtores rurais aproveitem plenamente as oportunidades abertas pelo Cadastur, adaptando-se às exigências do setor turístico e garantindo uma experiência de qualidade aos visitantes.
Fonte: FAESP
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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