Famato discute projeto Índice AGIR para fortalecer a gestão de riscos no agro

Para Robson Marques, diretor administrativo e financeiro da Famato, a parceria em projetos como o Índice AGIR demonstra o compromisso institucional em construir soluções reais para o produtor rural.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou nesta quinta-feira, 3 de julho, de um encontro estratégico que reuniu representantes de instituições parceiras para discutir o Projeto Índice AGIR – Agro Gestão Integrada de Riscos. Conduzida pelo diretor administrativo e financeiro da Famato, Robson Marques, a reunião aconteceu na sede da entidade e reforçou o compromisso do Sistema Famato em colaborar com iniciativas que resultem em avanços concretos para o setor agropecuário.

O projeto é desenvolvido em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Famato e o Banco Mundial, além do apoio de instituições como a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Embrapa, Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).

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Para Robson Marques, diretor administrativo e financeiro da Famato, a parceria em projetos como o Índice AGIR demonstra o compromisso institucional em construir soluções reais para o produtor rural. “A Famato acredita que iniciativas como esta fortalecem o agro de Mato Grosso e do Brasil, trazendo segurança ao produtor e promoção do desenvolvimento sustentável com base em dados confiáveis e adaptados à nossa realidade regional”, afirmou.

Durante o encontro, o professor Gilson Martins, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apresentou o projeto aos participantes, detalhando o objetivo de criar índices de risco agropecuário adaptados à realidade regional. Ele explicou que o Índice AGIR busca criar uma base ampla de gestão de riscos no país, pautar detalhadamente o desenvolvimento, desenvolver políticas estratégicas diferenciadas, medir riscos prioritários de forma periódica e facilitar a identificação de lacunas e oportunidades para melhorias nos programas e políticas públicas federais. Segundo Gilson, estão sendo realizadas visitas técnicas e levantamento de informações de campo, compondo uma base de dados quantitativa e qualitativa.

Beatriz Salandin Dal Pozzo, doutoranda pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), também participou da apresentação técnica. O projeto está dividido em duas fases: a primeira, de diagnóstico de risco, realizada entre abril e julho, e a segunda, com aplicação de questionários em nível nacional, prevista para ocorrer de agosto deste ano até fevereiro de 2026. O plano de trabalho envolve reuniões virtuais para discussão de temas como produção, mercado, ambiente de negócios e questões socioambientais, além da aplicação de questionários que permitirão calcular os níveis de risco, classificados entre muito baixos e muito altos.

Entre os resultados esperados estão o fomento ao debate público, o combate à desinformação, o apoio à formulação de políticas públicas prioritárias para a agricultura e a disponibilização de informações de base para empresas do setor agropecuário.

Durante a reunião foram discutidos diversos assuntos estratégicos, incluindo mão de obra, qualificação profissional, mercado, exportação, recursos financeiros, clima, seguro rural, mitigação de riscos, logística, rede de energia trifásica, armazenamento, falta de insumos como defensivos, gestão tributária, sobrecarga tributária, perda de arrecadação no estado, importância da representatividade das entidades do agro, agroindustrialização em Mato Grosso e projetos de incentivo à armazenagem.

Foi destacada também a necessidade de seguro agrícola personalizado para cada produtor, de acordo com a realidade de sua propriedade, proposta apresentada pelo Sicredi, que utiliza dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) como referência nas transações de seguros agrícolas, em substituições aos dados do IBGE.

Participaram da reunião, além de Robson Marques, o analista pecuário da Famato, Marcos de Carvalho, e o analista tributário, José Cristóvão. Estiveram apresenta Gilson Martins e Beatriz Salandin Dal Pozzo pela UFPR e Esalq, respectivamente; Thiago Moraes pela Aprosoja; Francisco Manzi, diretor da Acrimat; Karine Machado pela OCB/MT; e pelo Sicredi, Osvaldo Biazi (Relações Institucionais e Parcerias Estratégicas e Negócios) e Danielle Rampini (Consultora de Seguros e Consórcios).

Fonte: FAMATO

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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