Fávaro participa de seminário para discutir a expansão do biodiesel nacional

Fávaro destacou a resiliência do setor para o desenvolvimento da cadeia produtiva que por muitas vezes sofreu ataques infundados quanto à qualidade do biodiesel. 

Na manhã desta quarta-feira (27), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do seminário “Construindo o Futuro: Biodiesel e Desenvolvimento Sustentável nos Municípios”, na sede do Ministério dos Transportes, em Brasília.   

O evento, promovido pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso (FPBio), reuniu prefeitos, parlamentares federais, ministros e empresários para avaliar os reflexos da cadeia produtiva do biodiesel no desenvolvimento socioeconômico de diversos municípios brasileiros.  

Em seu discurso, Fávaro destacou a resiliência do setor para o desenvolvimento da cadeia produtiva que por muitas vezes sofreu ataques infundados quanto à qualidade do biodiesel. “Já enfrentamos todo tipo de discurso contra o programa nacional do biodiesel e estar aqui, hoje, para a gente começar a discutir o futuro com o governo, parlamentares e empresários é a certeza de que vale a pena ser resiliente, vale a pena não ter desistido, ter se dedicado, buscado inovação tecnológica”, disse. “O Brasil tem a sorte de ter o pai do biodiesel, o presidente Lula de volta ao comando deste país. O Brasil é próspero, cheio de oportunidades, e nós juntos estamos fazendo história nesse país”, completou.  

Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou que o desenvolvimento da cadeia produtiva do biodiesel significa um novo momento da política energética brasileira. “Não tínhamos outro caminho a não ser apostar na transição energética justa e inclusiva. É uma potencialidade natural. É aquilo que o ministro Fávaro fala, o biodiesel deixou de ser um subproduto para ser um coproduto, para ser energia, para poder gerar emprego e renda e para poder desenvolver o país”.   

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, evidenciou que é momento de comemoração. “Em 15 meses, saímos de B10 para uma perspectiva de B25, como prevê o Combustível do Futuro”. Alckimin ainda lembrou aos presentes que o Brasil é o grande protagonista dos três grandes temas planetários: segurança alimentar, segurança energética e clima.  

Além das questões de sustentabilidade relacionadas aos biocombustíveis, a produção de biodiesel, feita com matéria-prima nacional, é fundamental para praticamente todas as atividades agrícolas do país, gerando oportunidades na agricultura familiar e na agroindustrialização.   

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de biocombustíveis do mundo, atrás dos Estados Unidos e Indonésia, respectivamente.  

A abertura do seminário também contou com a presença do relator do Projeto de Lei do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim, e do Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.   

PL combustível do futuro

O Projeto de Lei 528/20, batizado como “combustíveis do futuro”, cria um conjunto de iniciativas para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e estímulo ao uso e produção de biocombustíveis. O objetivo é tornar o Brasil mais sustentável do ponto de vista ambiental e ampliar as fontes renováveis de energia.  

No evento, o presidente da FPBio, deputado federal Alceu Moreira, pediu empenho do governo para garantir a aprovação do projeto de lei no Senado rapidamente e sem mudanças que atrasem a sanção. Ainda segundo o presidente, assim que “aprovado no Senado e sancionado pelo presidente da República, esse projeto vai desencadear em torno de 130 plantas industriais pelo Brasil inteiro”.  

“A Câmara fez um belo trabalho. É aprovar rapidamente no Senado, ser sancionada e trazer investimentos no Brasil, gerando emprego e renda, “, reforçou o vice-presidente, Geraldo Alckmin. 

A construção da lei do combustível do futuro contou com a participação de representantes de governo, indústria, associações representativas do setor dos biocombustíveis e comunidade científica. 

Entre as ações propostas, o PL prevê a elevação dos limites máximo e mínimo para a proporção de etanol anidro na gasolina. Atualmente, o diesel vendido no Brasil é composto de 14% de biodiesel e, segundo a proposta aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), será acrescido 1% na mistura ao ano, chegando em 20% até 2030.   

Até o momento, o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal.   

Caminhões 100% a biodiesel

Caminhões movidos 100% a biodiesel foram exibidos na área externa do Ministério dos transportes como uma atração à parte ao público que participou do seminário. Também foram expostos grupos geradores movidos apenas a biodiesel.   

A exposição buscou demonstrar aos presentes os avanços tecnológicos e as possibilidades oferecidas pelo biodiesel como combustível sustentável para o transporte.

Fonte: Mapa

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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