Fitoterapia e homeopatia, pecuária busca controle de doenças por meio de tratamentos alternativos

Verdevet apresenta pesquisas para redução do uso de medicamentos na produção animal.

Pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras reuniram-se, de 12 e 14 de setembro, para apresentar resultados de pesquisas e discutir o uso de drogas veterinárias na produção de bovinos de leite (Verdevet). O foco dos três dias de debate foi a redução de medicamentos e o controle de doenças por meio de tratamentos alternativos.

A fitoterapia, a homeopatia e o uso de minerais naturais podem contribuir para a melhoria da saúde animal e, ainda, reduzir a utilização de antibióticos e antiparasitários, prolongando a vida útil dos produtos comerciais hoje disponíveis e diminuindo os riscos da resistência. Quanto menos uso se faz dos medicamentos veterinários, ou seja, um uso mais racional e no momento correto, menor pressão de seleção ocorre nos organismos alvo, tais como bactérias e parasitas.

As doenças parasitárias, a mastite e a diarreia neonatal são consideradas grandes obstáculos à produção animal. Os antiparasitários e antibióticos sintéticos têm sido a principal forma de controle, entretanto, devido ao seu uso intenso e indiscriminado, surgiram problemas de resistência e de resíduos nos alimentos de origem animal e no ambiente. Cada vez mais a população consumidora se preocupa com estes aspectos, bem como com o bem estar dos animais de produção.

A Embrapa Pecuária Sudeste tem desenvolvido pesquisas para avaliar essas tecnologias não convencionais no tratamento de doenças.

Alguns resultados, apresentados durante o Verdevet, são promissores, como é o caso da homeopatia para controlar a diarreia de bezerros.

Um experimento com animais recém-nascidos, até completarem 60 dias, mostrou eficácia no tratamento com homeopatia. O manejo dos bezerros também foi modificado e medidas simples promoveram a redução do uso de medicamentos. Tais medidas têm sido divulgadas também para produtores da região Sul do Brasil pela Embrapa Pecuária Sul.

Segundo Ana Carolina Chagas, coordenadora do evento, outra alternativa bastante promissora é a pesquisa com fitoterápicos. Até o momento, as avaliações estão sendo realizadas em laboratório. Os testes ainda não chegaram ao campo.

Fonte Gisele Rosso
Embrapa Pecuária Sudeste

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