
Focos de raiva bovina no Paraná crescem 39% e somam 232 casos confirmados em 2024. A doença já se alastrou por 45 municípios, com destaque para a região oeste do estado, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
O Paraná enfrenta um aumento expressivo nos casos de raiva bovina em 2024, com 232 ocorrências confirmadas em 203 focos até novembro. O número representa um aumento de 39% em relação aos 148 focos registrados em 2023. A doença já se alastrou por 45 municípios, com destaque para a região oeste do estado, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
Principais regiões afetadas
- Cascavel lidera o ranking com 105 casos confirmados.
- Laranjeiras do Sul aparece em segundo lugar, com 27 registros.
- Ponta Grossa (19 casos) e União da Vitória (17 casos) completam a lista das regiões mais atingidas.
Esse aumento preocupa autoridades devido ao impacto econômico, especialmente para pequenos produtores, e à gravidade da zoonose, que apresenta letalidade de 100% em mamíferos infectados.
Por que os casos aumentaram?
Segundo a chefe da divisão de Prevenção e Controle da Raiva da Adapar, Elzira Pierre, a principal razão para o avanço da doença é a falta de vacinação preventiva no rebanho bovino. “O preço da vacina é pequeno comparado à perda de um animal adulto em fase produtiva, o que gera prejuízos irreparáveis para o produtor”, afirma a especialista.
Sintomas e transmissão da raiva bovina
A raiva é transmitida principalmente por morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue. Os primeiros sintomas em bovinos incluem:
- Isolamento do rebanho;
- Dificuldade de locomoção;
- Salivação excessiva;
- Movimentos de pedalagem e morte em cerca de uma semana.
A doença afeta todos os mamíferos, incluindo humanos, e é transmitida pela saliva de animais infectados, sendo uma questão de saúde pública.
Medidas de controle
A Adapar implementou estratégias para conter o avanço da raiva no estado:
- Delimitação de perifocos – um raio de 10 km ao redor de cada caso positivo.
- Vacinação emergencial.
- Controle de morcegos hematófagos – principais vetores da doença.
A notificação de casos suspeitos é obrigatória para produtores rurais. A detecção precoce e o manejo correto são essenciais para evitar perdas econômicas severas, alerta Elzira.
Impactos socioeconômicos
O impacto da raiva bovina é devastador em pequenas propriedades. Em alguns casos, produtores perderam 80% do rebanho, resultando em dificuldades de reposição devido ao alto custo dos animais adultos.
Ações preventivas são indispensáveis contra a raiva bovina
A vacinação regular é a medida mais eficaz para prevenir a raiva. Produtores devem estar atentos aos sinais clínicos nos animais e buscar orientações junto à Adapar. Além disso, a conscientização da população rural é crucial para proteger tanto os rebanhos quanto a saúde humana.
A situação reforça a importância de ações preventivas coordenadas, com foco na imunização e no controle rigoroso de morcegos. A saúde do rebanho paranaense depende do esforço conjunto de autoridades e produtores.
Essa crise sanitária ressalta a necessidade de vigilância contínua e investimento em prevenção para mitigar os impactos da raiva bovina no Paraná.
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