
O presidente da FPA, afirmou que as ações anunciadas pelo governo, como a redução a zero da alíquota de importação de alimentos essenciais (carne, milho, azeite e café), não têm capacidade para gerar resultados concretos
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) classificou como ineficazes as recentes medidas adotadas pelo governo federal para o controle dos preços dos alimentos e defendeu investimentos urgentes em logística para resolver problemas estruturais que encarecem a produção e prejudicam consumidores.
Durante reunião realizada nesta terça-feira (11), o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, afirmou que as ações anunciadas pelo governo na última quinta-feira (6), como a redução a zero da alíquota de importação de alimentos essenciais (carne, milho, azeite e café), não têm capacidade para gerar resultados concretos no curto prazo.
Avaliação das medidas governamentais
“Nós reiteramos a posição de que essas medidas não resolvem o problema de maneira imediata. São itens que a agricultura brasileira produz com excelência e, além disso, já estamos prestes a colher uma safra robusta, o que naturalmente reduzirá os preços das commodities e impactará diretamente no custo dos alimentos”, declarou Lupion.
O parlamentar reforçou que as ações emergenciais solicitadas pela bancada agropecuária desde fevereiro, por meio de um ofício enviado aos Ministérios da Fazenda e Casa Civil, incluíam a revisão da tributação sobre fertilizantes e defensivos agrícolas, além da redução temporária da cobrança do PIS/Cofins sobre insumos essenciais, como trigo e óleo vegetal.
Problemas estruturais e investimentos em logística
A FPA aproveitou o momento para reforçar a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura logística, que hoje representa um dos principais gargalos da agropecuária brasileira.
Pedro Lupion destacou que os produtores têm enfrentado dificuldades logísticas graves que impactam diretamente no custo final para o consumidor. “Hoje, estamos pagando praticamente o dobro no valor do frete comparado ao ano passado, enfrentando sérios problemas nas rodovias brasileiras e com um gigantesco déficit de armazenagem, especialmente para produtos refrigerados que possuem validade curta. Isso nos obriga a escoar rapidamente, o que aumenta custos e perdas”, alertou.
Além disso, Lupion mencionou as dificuldades burocráticas e logísticas associadas à fiscalização alfandegária, questões portuárias e limitações da Marinha Mercante como fatores que agravam ainda mais o cenário atual.
Diálogo e soluções estruturais
A senadora Tereza Cristina, também integrante da bancada agropecuária, complementou afirmando que a FPA está aberta ao diálogo e que jamais se oporia a medidas que beneficiem efetivamente os consumidores brasileiros.
“Nós não iríamos nunca contra medidas eficazes se realmente fossem resolver os problemas do consumidor. No entanto, é preciso que o Executivo ouça quem produz. Soluções paliativas não resolvem os problemas crônicos da nossa economia, como o ajuste fiscal e a redução do gasto público”, enfatizou a senadora.
Lei Orçamentária como solução
Para destravar os investimentos necessários, a FPA ressaltou que é fundamental a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, ainda em tramitação no Congresso Nacional. A votação está prevista para ocorrer na próxima semana, sendo considerada essencial para viabilizar as medidas estruturais reivindicadas pelo setor.
A expectativa da bancada agropecuária é que o governo federal leve em consideração as sugestões apresentadas e busque soluções definitivas para os problemas logísticos e estruturais que afetam diretamente a produção agropecuária e os preços ao consumidor final.
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