
Com uma dívida milionária de R$ 256 mi e em processo de recuperação judicial, enfrenta agora uma nova investigação de supostas fraudes. O Frigorífico Redentor é uma das maiores indústrias frigoríficos da região.
O Ministério Público do Estado (MPMT) pediu a instauração de um incidente para apuração de supostas fraudes no processo de recuperação judicial do Grupo Malp, dona do Frigorífico Redentor, localizado em Guarantã do Norte (705 Km de Cuiabá). A organização moveu um processo de recuperação judicial com dívidas de R$ 256 milhões e estaria se “desfazendo” de seu patrimônio.
No último dia 1º de setembro, a juíza da Vara de Falências de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, acatou o pedido do MPMT sobre uma série de diligências para verificar a suposta fraude na recuperação. Conforme os autos, o Frigorífico Redentor ingressou com um pedido liminar num outro processo contra a empresa Ramax Importação e Exportação de Alimentos Ltda.
O motivo seria um contrato entre ambas as organizações, onde a Ramax teria uma dívida de R$ 3,2 milhões. O Poder Judiciário deferiu uma pena em favor do Frigorífico Redentor, e pediu uma manifestação da Ramax.
A empresa, no entanto, informou nos autos que na verdade é credora da empresa em recuperação judicial, e não devedora. “O Ministério Público manifestou-se, exigindo várias providências e, dentre elas, a formação de um incidente de apuração dos fatos envolvidos na referida execução. De fato, diante da alegação das recuperações no âmbito da presente recuperação judicial sobre a importância dos créditos que detém com a Ramax para continuidade de suas atividades, há evidente contradição com a situação noticiada pela referida empresa na execução que tramita o juízo da 8ª Vara Cível da Capital, onde afirma que não há crédito a pagar”, analisou a juíza.
A magistrada da Vara de Falências de Cuiabá deu 10 dias para as partes (Frigorífico Redentor e Ramax), se manifestarem sobre a suposta fraude. O incidente proposto irá tramitar em sigilo.
O FOLHAMAX já publicou duas matérias sobre atrasos no salário dos trabalhadores do frigorífico, nos meses de fevereiro e julho de 2023, respectivamente.
A última falta de pagamento, no mês de julho, foi revelada pelo próprio frigorífico num recurso contra uma decisão que determinava a penhora dos recebíveis de um contrato que a organização possui com uma empresa que atua no confinamento de gado. Segundo os automóveis, pelo menos 500 funcionários da Redentor deixaram de receber seus turnos na ocasião.

CÃO DE GUARDA
Ainda de acordo com a decisão desta quinta-feira, o Frigorífico Redentor também foi demonstrado contra a determinação judicial pela contratação de um profissional denominado “watchdog” – “cão de guarda”, numa tradução literal. Ele seria o responsável por acompanhar os processos da organização, operando dentro do refrigerador Redentor, para averiguar não só o andamento da recuperação judicial, como também a suspeita de que o grupo econômico estaria vendendo seus bens.
Embora tenha questionado a figura do “watchdog”, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira manteve a contratação do profissional.
Os proprietários do Grupo Malp, José Almiro Bihl e Paulo Roberto Bihl, chegaram a ser presos pela Polícia Federal no ano de 2009, durante a operação “Abate”. As investigações da época apontaram que a organização favoreceu fraudes na concessão de autorização de funcionamento de plantas frigoríficas, mediante pagamento de propina.
Compre Rural com informações da FolhaMax
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