Gestão sustentável: o caminho para um agro mais resiliente

Especialista da Falconi explica sobre como metodologia e gestão podem auxiliar no planejamento sustentável das empresas.

Em 2025, as longas estiagens e ondas de calor intensas afetaram severamente as produções de soja e milho no Sul do Brasil e a cultura do café no Sudeste, especialmente em Minas Gerais e São Paulo, reduzindo o rendimento e qualidade dos grãos. Esses impactos ressaltam a necessidade de uma gestão sustentável associada à agroecologia.

Esses acontecimentos não são isolados. De acordo com a pesquisa da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, divulgada em 2024, na última década estima-se uma perda de R$280 bilhões como consequência dos impactos climáticos. A temperatura global aumentou 0,1ºC de 1991 a 2023, provocando cerca de 360 novos registros de desastres climáticos no Brasil.

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A gestão sustentável chega como um caminho para esse cenário, segundo Andre Paranhos, vice-presidente Agronegócios da Falconi. Para o executivo, planejamento e sustentabilidade são fundamentais para garantir a resiliência e a competitividade do agronegócio brasileiro. “Não dá para falar de sustentabilidade sem mencionar planejamento. Quem trabalha no campo sabe que cada decisão tem um impacto enorme e uma gestão bem-feita pode ser crucial para definir um negócio próspero ou um ano difícil”, explica.

Ferramentas como o uso de inteligência climática, contratação de seguros rurais eficazes e elaboração de um planejamento financeiro estruturado têm se mostrado essenciais para ajudar o produtor a antecipar cenários e minimizar perdas. “Planejar não elimina os imprevistos, mas prepara o produtor para enfrentá-los com mais segurança e estabilidade”, diz Paranhos.

Além da mitigação de riscos, a adoção de boas práticas sustentáveis pode gerar novas oportunidades de negócios. O mercado está cada vez mais atento à transparência, rastreabilidade e responsabilidade socioambiental. Produtores que se adaptam a essa realidade tendem a obter melhores condições de crédito, acesso a mercados mais exigentes e valorização de seus produtos.

A busca por esse equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade também tem sido impulsionada por marcos regulatórios recentes. Um exemplo é a Lei nº 15.042, sancionada em dezembro de 2024, que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa e regulamentou o mercado nacional de carbono. A medida reforça a tendência de valorização de cadeias produtivas comprometidas com a redução de impactos ambientais.

“O Agro vive a ‘era da gestão’, marcada por um planejamento mais estratégico e pela inovação conectada à sustentabilidade. O setor já superou muitas crises e provou sua força inúmeras vezes, produzir com responsabilidade é o melhor caminho para o futuro”, conclui Paranhos.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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