O que torna essa viagem um destaque reside no tipo de combustível que será usado no empurrador — uma embarcação projetada para mover o conjunto de chatas carregadas, conforme sugerido pelo próprio nome. Esta será a primeira ocasião em que os motores operarão somente com biodiesel (B100).
A AMAGGI, uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, vai utilizar o biodiesel B100 em sua frota fluvial. Ainda em fase de testes, a companhia conseguiu a primeira autorização do país para uso do biocombustível em uma embarcação. A permissão foi concedida nessa quinta-feira (11) pela Diretoria da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e marca mais uma etapa rumo à descarbonização das operações da empresa, um de seus principais compromissos de combate a mudanças climáticas.
A autorização da ANP para uso experimental de biodiesel B100 foi concedida para uma viagem específica, com informações definidas quanto a origem e destino, bem como a quantidade de biocombustível necessário. No caso, o deslocamento será entre Porto Velho (RO) e Itacoatiara (AM), percorrendo os rios Madeira e Amazonas, com consumo de 150 mil litros de biodiesel.
O teste na frota fluvial da Amaggi Logística e Operações, deve acontecer nos próximos dias, onde uma barcaça deve deixar as instalações da empresa em Porto Velho (RO) para uma viagem histórica pela hidrovia do Rio Madeira. A operação evidencia o pioneirismo da empresa na utilização de combustíveis sustentáveis em suas operações.
Logo após a partida do seu primeiro carregamento de B100 de Porto Velho, transportando aproximadamente 50 mil toneladas de soja e retornando com fertilizantes, o grupo começará uma nova etapa em sua jornada para atingir a neutralidade de carbono, um compromisso assumido anteriormente para tornar suas operações totalmente sustentáveis até 2050.
O trajeto tem duração de cerca de 11 dias, onde ela deve percorrer a distância de ida e volta até o porto de Itacoatiara (AM), um trajeto repetido cerca de 160 vezes por ano para transportar cerca de 8 milhões de toneladas de grãos, conforme dados da empresa.
Confira o vídeo abaixo de como é o transporte da barcaça de grãos da Amaggi:
Recentemente, a companhia brasileira informou que terá a primeira fazenda a usar o B100 em 100% de seus maquinários agrícolas. Após a realização do teste, de posse dos dados de consumo e eficiência, a AMAGGI deverá solicitar a anuência da ANP para o uso contínuo do biocombustível.
Além disso, investiu em sua frota de caminhões, adquirindo 100 veículos totalmente prontos para rodar com o combustível sustentável (B100). “Estamos buscando todos os caminhos que nos levam a isso, com agricultura regenerativa, plantio direto, não conversão de áreas e, agora, o uso de biocombustível”, afirmou ao AgFeed Ricardo Tomczyk, diretor de Relações Institucionais da Amaggi.
A AMAGGI tem compromisso de chegar à emissão líquida zero até 2050, por meio de estratégias de descarbonização até 2035. Uma das ações rumo a esse objetivo é o uso do biodiesel, menos poluente que os demais combustíveis.

Fábrica de biodiesel
O B100 utilizado pela AMAGGI é proveniente da fábrica de biodiesel da companhia. A planta fica em Lucas do Rio Verde (MT), na área onde a empresa já opera uma indústria esmagadora de grãos e de onde sai a matéria-prima para a fabricação do biocombustível.
Biodegradável e sustentável, o biodiesel é um tipo de combustível produzido a partir de fontes renováveis – no caso da AMAGGI, o óleo de soja. Seu uso está associado à diminuição de emissão de gases de efeito estufa, quando comparado ao uso de combustíveis fósseis, como diesel e gasolina.
A Amaggi
Fundada em 1977, a AMAGGI, maior empresa brasileira de grãos e fibras, destaca-se por sua abrangência integral na cadeia do agronegócio, desde a produção agrícola até operações portuárias e geração de energia renovável. Com sede em Cuiabá (MT) e presença em todas as regiões do Brasil, além de unidades no exterior, a empresa atua em 74 unidades distribuídas em 42 municípios de nove estados brasileiros e em diversos países.
Sua produção anual de 1,2 milhão de toneladas de grãos e fibras, incluindo soja, milho e algodão, associada a uma base de seis mil produtores rurais e a comercialização de 18,6 milhões de toneladas em 2022, evidenciam não apenas sua liderança no setor, mas também sua capacidade de integração e diversificação, consolidando-a como uma potência no agronegócio brasileiro, com uma área plantada expressiva de 380.000 hectares.
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