Gigante do café investe R$ 200 milhões na produção e se torna líder da nova fronteira agrícola

Após período da florada, em setembro, inicia-se a frutificação e a maturação, que irão resultar na próxima colheita em 2026; Com mercado em crescimento, o Grupo Cedro investe R$ 200 milhões na produção de café e lidera nova fronteira agrícola na Serra do Cabral (MG)

O mês de setembro marca o período da florada do café, um dos momentos mais belos e importantes do ciclo da lavoura. Após as primeiras chuvas que sucedem o período de seca, os cafeeiros se cobrem de flores brancas e perfumadas, transformando as plantações em verdadeiros jardins. Esse espetáculo da natureza não é apenas encantador aos olhos, mas também decisivo para a safra: cada flor tem o potencial de se transformar em um fruto de café.

Depois da florada, inicia-se o processo de frutificação. As flores caem e, em seu lugar, surgem pequenos frutos verdes que, ao longo dos meses seguintes, vão se desenvolver e amadurecer, resultando na colheita.

E é grande a expectativa para a próxima colheita em 2026 no Grupo Cedro, que tem como atividade principal a mineração, mas que investe também em fazendas de café, através da Cedro Agro. O Grupo adquiriu três delas em uma das mais novas fronteiras agrícolas do país, a Serra do Cabral, na região Centro Norte de Minas Gerais, e começou a estruturá-las para produção.

O objetivo, segundo Lucas Kallas, presidente e fundador da Cedro, e seu sócio Luis Carlos Casim, é tornar o grupo um dos maiores produtores de café do país, nos próximos anos. Os aportes em aquisição de terras e na preparação da primeira fazenda para a produção já consumiram cerca de R$ 200 milhões.

A Fazenda Brejo do Ribeirão Preto (Cedro I), propriedade da Cedro Agronegócios, localizada em Francisco Dumont, na região Centro Norte de Minas Gerais, tem apenas quatro anos de projeto e já conta com 900 hectares de café em produção, estando preparada para uma safra recorde em 2026.

Localizadas nas cidades de Joaquim Felício e Lassance, as outras duas fazendas do grupo na Serra do Cabral possibilitarão o plantio de mais 2550 hectares. Somados aos 900 hectares atuais, e aos 650 que ainda serão plantados na Cedro I, a Cedro chegará aos 4100 hectares e estará entre os dez maiores produtores do país.

Padrão Grupo Cedro

Um dos principais diferenciais dos projetos, segundo Lucas Kallas, é o cuidado com a qualidade e a sustentabilidade dentro dos padrões do Grupo. “Na Cedro, falamos que o modo certo de se fazer negócios precisa transformar vidas de forma sustentável e é isso que estamos fazendo na região. Todos os projetos são iniciados com o suporte de consultores para atendermos os mais altos padrões de qualidade. Antes de mexer com qualquer árvore, o grupo tira todas as licenças necessárias e a outorga de água. Preferimos tomar cuidado extra, para evitar qualquer dano”, diz.

O diretor de Agronegócio da Cedro Agro, destaca a importância desta fase na lavoura. “O período pós-florada, para nós, é muito aguardado. Ele marca o início da contagem regressiva até a colheita, quando todo o trabalho realizado ao longo do ano será refletido na qualidade e no volume da safra”, explica.

Ele conta que, na fase subsequente à florada, conhecida como frutificação, há a queda das flores e o início do desenvolvimento dos chumbinhos, frutos ainda imaturos que darão origem às sementes de café. “Esse estágio é altamente sensível a fatores climáticos, especialmente a disponibilidade hídrica e temperatura, bem como ao manejo nutricional e fitossanitário. Estresses nesse período podem resultar em má fixação dos frutos, abortamento ou irregularidade na maturação”.

Irrigação especial

Para garantir a qualidade da produção, o grupo preparou toda a área de plantio para irrigação por gotejamento – um procedimento mais sustentável, pela economia no uso da água –, e construiu dois barramentos e dois reservatórios, na Cedro I. Um deles tem 500 milhões de litros, o outro, 900, milhões. “O café precisa de água no período da florada, nos meses de setembro e outubro. Nossos reservatórios têm água suficiente para irrigar nossa área plantada, mesmo que não chova por até 90 dias”, diz Kallas.

Na área trabalhista, o grupo também segue normas rígidas para garantir o bem estar e a dignidade dos trabalhadores. Nada é feito por freelancers. Todos são contratados com carteira assinada. Além disso, a fazenda tem alojamento e refeitório com nutricionista. Na hora das refeições, um ônibus faz o transporte entre os talhões e o refeitório, para que todos tenham o ambiente adequado para as refeições e descanso. Todos são contratados nas cidades da região, recebem uniformes para trabalhar, equipamentos de segurança e treinamento. “São diferenciais que, inclusive, facilitam as contratações, porque a notícia de que é bom trabalhar para a Cedro circula nas redondezas”, diz Kallas.

Serra do Cabral

A região onde estão localizadas as fazendas foi escolhida para o investimento da Cedro pelas condições climáticas, hídricas e topográficas favoráveis. Até 2017, a Serra do Cabral era conhecida pela produção de eucaliptos. Desde então, porém, alguns grandes produtores perceberam que havia potencial para o plantio de café e se instalaram na região, hoje vista como uma das principais novas fronteiras agrícolas do país.

De acordo com Casim, entre as vantagens da Serra do Cabral para o plantio do café, estão a altitude elevada, que proporciona noites frias e dias quentes; água abundante; topografia plana, que permite a mecanização da produção; e a ausência de geadas. “Há produtores da região com cafés entre os melhores do mundo. E nós, com toda a qualidade que estamos implementando, esperamos alcançar o mesmo patamar de qualidade”, conclui.

Conteúdo publicitário veiculado antes pela Itatiaia

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