
Marcos Molina passa de 60% do capital na Marfrig; Com um investimento de R$ 1,6 bi, os controladores aumentaram a participação na Marfrig para 61,78% após um aumento de capital com contrato firmado com a Minerva.
O empresário Marcos Molina e a esposa Marcia aproveitaram o aumento de capital privado da Marfrig para ampliar a participação na companhia que fundaram em 2000. Com um investimento de R$ 1,6 bilhão, os controladores elevaram a participação na Marfrig para 61,78%. Antes do aumento de capital privado, Marcos e Márcia detinham 54,69%, apontou o site The AgryBiz.
A maior parte da posição é consolidada na MMS Participações, o veículo de investimentos por meio do qual a família controla a Marfrig. O aumento de capital – que a Marfrig já havia anunciado em maio – foi feito a R$ 7,21 por ação, equivalente à cotação média dos últimos 60 pregões. Ao todo, a empresa anunciou R$ 2,1 bilhões com o aumento de capital, emitindo 300 milhões de novas ações. Os controladores levaram 77% do total (232 milhões de ações).
Em julho, quando a Marfrig anunciou que faria um aumento de capital privado — basicamente, para não se descapitalizar com o follow-on da BRF — , os controladores se comprometeram a subescrever até 240 milhões de ações.
Marcos Molina, o controlador da Marfrig, se comprometeu e colocou até R$ 1,5 bilhão na oferta, que poderia chegar a R$ 2,16 bilhões caso os demais acionistas decidissem exercer seu direito de subscrição.
Aquisição de BRF por Marfrig é questão de tempo, dizem analistas
Além do dinheiro do aumento de capital privado, a companhia fundada por Molina recebeu recentemente R$ 1,5 bilhão na assinatura do acordo para a venda dos ativos à Minerva , uma transação de R$ 7,5 bilhões que deve ser concluída em 2024.
Uma coisa é certa para as casas de análise de investimentos, a compra da BRF pela Marfrig é questão de tempo. Falas surgiram depois de a companhia de Marcos Molina aumentar, de 33,2% para cerca de 40%, sua participação no capital da dona da Sadia, em menos de um mês.
A reportagem da Globo Rural, apurou que a diretoria da Marfrig considera que as ações da BRF estão sendo negociadas abaixo do que valem, mesmo com melhorias operacionais reportadas trimestre a trimestre. Segundo o Valor Data, os papéis da BRF na B3 caíram 26% em 12 meses, para R$ 9,96 no fechamento do dia 26 de setembro.
O avanço na BRF também reforça o posicionamento da Marfrig como uma empresa de produtos de marca e industrializados. “O foco não é só a BRF. A ideia é aumentar a capacidade das plantas de processamento de carne bovina na América do Sul. As coisas andarão juntas”, disse uma fonte da empresa.
Heitor Martins, estrategista de investimentos da Nexgen Capital, afirmou que a aquisição da BRF transformaria a Marfrig em um negócio de proteínas mais completo, fazendo frente à JBS. Martins estimou que a aquisição pode ocorrer em até 24 meses, aproveitando que a maior parte da dívida da Marfrig está posicionada para depois de 2026.
Segundo ele, “quando vende à China, é quase exclusivamente bovinos. Se a BRF for adquirida, poderá oferecer também os processados de suínos e frangos, além de vender ao mercado halal que a BRF já acessa tão bem”, acrescentou.
Diluição não faz sentido
Apesar disso, a união entre Marfrig e BRF ainda não parece ser algo para o curto prazo, até porque Molina perderia o controle da companhia combinada nas condições atuais. “Não acreditamos que a MMS aceite tal diluição do seu poder de controle”, escreveram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, do BTG Pactual, num relatório publicado na terça-feira.
Pelas contas dos analistas, os controladores da Marfrig ficariam com 22,8% do capital da empresa resultando numa eventual fusão feita a partir da troca de ações entre BRF e Marfrig. Com o aumento da posição de Molina na Marfrig, anunciado nesta sexta-feira, a conta mudou apenas marginalmente, chegando a 25% da companhia combinada numa eventual fusão.
Ainda é um pouco para um empresário ansioso do controle. De grão em grão, no entanto, a união fica mais perto. A Marfrig está avaliada em R$ 9 bilhões na B3 e a BRF, em R$ 17,1 bilhões.
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