Gigantes do Agro tem barcaças de grãos afetadas pela seca histórica

Seca histórica na região Amazônica interrompe navegação de barcaças de grãos; Hidrovias do Brasil afirmou flexibilização operacional devido à situação e exportadores desviaram algumas cargas ao Sul/Sudeste

A seca severa que fez com que os afluentes do Amazonas, como os rios Madeira e Tapajós, atingissem o nível mais baixo em mais de um século interrompeu embarques de grãos nos rios da região Norte. Os comboios de barcaças estão menores do que o normal e, em alguns casos, as barcaças estão reduzindo suas cargas em cerca de 50% para poderem navegar com segurança em alguns trechos do Tapajós, acrescentou. O governo disse que as embarcações que operam no terminal graneleiro de Itacoatiara, de propriedade da Hermasa, um braço da empresa brasileira de grãos Amaggi.

A Amport, um grupo que representa os operadores portuários privados da Amazônia, incluindo a Cargill e a Louis Dreyfus Company, disse que os comboios de barcaças estão reduzindo suas cargas em 50% no rio Madeira e em 40% no rio Tapajós, respectivamente.

Alguns embarques de grãos nos rios do Norte do Brasil foram interrompidos devido à seca que fez com que os afluentes do Amazonas atingissem o nível mais baixo em mais de um século, de acordo com uma nota enviada aos clientes nesta quinta-feira pela Serveporto, uma provedora de serviços portuários.

No comunicado, a Serveporto diz que algumas empresas de barcaças “interromperam a navegação nos rios Tapajós e Madeira, afetando os terminais de grãos.”

Algumas regiões da Amazônia registraram a menor quantidade de chuva de julho a setembro desde 1980, e os níveis de água no porto de Manaus, a cidade mais populosa da região, atingiram o nível mais baixo desde que os registros começaram em 1902.

“A estação seca atingiu duramente os portos amazônicos, principalmente para as barcaças com calado mais baixo”, disse a Serveporto. “Muitos comboios estão com dificuldade para continuar suas operações, levando a capacidades de carga reduzidas”, acrescentou.

A Hidrovias do Brasil, uma empresa de barcaças que opera no Tapajós, disse em um comunicado à Reuters que as barcaças continuam a operar entre Itaituba e Barcarena, onde transportam fertilizantes e grãos.

A empresa observou ter feito “flexibilizações operacionais pontuais” devido ao fato de os calados estarem mais baixos do que as médias históricas, incluindo o uso de empurradores de manobra para navegar as barcaças nos pontos mais rasos.

Os exportadores brasileiros de grãos estavam desviando um pequeno número de cargas de exportação para os terminais portuários do Sul/Sudeste, devido à seca no Norte, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) na quarta-feira.

As rotas do Norte, que foram afetadas pelas dificuldades de navegação nos rios rasos da Amazônia nesta primavera, têm sido fundamentais para ajudar o Brasil a aumentar as exportações de milho e soja nos últimos anos.

Na quarta-feira, o governo disse que as embarcações que operam no terminal graneleiro de Itacoatiara, de propriedade da Hermasa, um braço da empresa brasileira de grãos Amaggi, e dois grandes terminais de contêineres próximos a Manaus, estavam operando com capacidade reduzida.

O governo disse que liberaria 100 milhões de reais para serviços emergenciais de dragagem na área “para evitar impactos no valor do frete e no prazo para disponibilização de produtos que são escoados pelas hidrovias do Arco Norte”.

A Amaggi, que recebe barcaças de grãos vindas de Porto Velho no terminal de Itacoatiara, não comentou imediatamente.

A Serveporto também disse que os baixos níveis de água estão afetando as embarcações que chegam ao porto de Santarém, no Pará, principalmente por causa das restrições de calado no local.

“Para os navios de descarga, sugerimos considerar a ancoragem para redução do calado antes da atracação, devido à incerteza das profundidades exatas na chegada.”

Com informações da Reuters

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