
As reportagens dos portais de notícias do Grupo Globo e Terra afirmam que, surpreendentemente, a maior parcela das emissões atribuídas ao aquecimento global do país vêm da produção e a distribuição de alimentos; Confira o ataque ao agronegócio
“A produção e a distribuição de alimentos foram responsáveis por 73,7% das emissões de gases poluentes no Brasil em 2021”, afirma matéria publicada nesta sexta-feira (3) pelo G1. As reportagens dos portais de notícias do Grupo Globo e Terra afirmam que, surpreendentemente, a maior parcela das emissões atribuídas ao aquecimento global do país não se deve aos deslocamentos aéreos de ativistas e políticos, nem à extensa frota de veículos ou à indústria. Pelo contrário, aponta a agricultura e a logística alimentar como os principais emissores. Esta afirmação ocorre mesmo diante do debate global, onde diversos cientistas renomados questionam tais dados, esquecendo ainda o Portal G1 de citar a grande capacidade de captura de carbono por esse setor fundamental para economia e segurança alimentar.
Entretanto o estudo recente mostra, por exemplo, que o investimento em recuperação e manejo de solo, com propostas que capturam carbono, já faz o país ter uma captura de carbono de 200 milhões de toneladas de CO2 por ano. Com ainda 96 milhões de hectares de terras degradadas — que emitem carbono — o país tem um imenso potencial de multiplicar essa captura.
Ainda segundo o veículo de comunicação, “a pecuária é considerada uma das contribuintes para o aquecimento global. O Observatório do Clima apontou que a produção e a distribuição de alimentos foram responsáveis por 73,7% -1,8 bilhão de toneladas – das emissões de gases poluentes no Brasil em 2021. E que a cadeia da carne bovina respondeu por 57,2% do total.”
A cobertura da mídia é apenas uma entre várias táticas utilizadas na batalha atual contra o agronegócio mundial. Reportagens recentes, incluindo artigos renomados de instituições governamentais, destacam as ações agressivas da Organização das Nações Unidas (ONU) mirando o setor agro brasileiro. A ONU exerceu influência para que tanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quanto o presidente Lula reconsiderasse a questão do Marco Temporal, buscando facilitar a demarcação de terras indígenas sem limitações no Brasil. Essa situação foi claramente comprovada pelo departamento jurídico da Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
Voltando ao conteúdo divulgado pelo G1, “as 1,8 bilhão de toneladas de gases liberadas com a produção e distribuição de alimentos naquele ano no país, a maior parte desse montante (56,3%) foi a partir do desmatamento para converter a terra em pasto para gado, que emite CO2“, afirmou a reportagem.
A reportagem destaca que, “eles (os animais) produzem muito mais do que comemos, bebemos e vestimos, mas a pecuária é apontada como uma das contribuintes para a crise climática”. Ela complementa, mencionando que a “quantidade total de animais criados em fazendas” supera em 9 vezes a população do Brasil. Porém, em nenhum ponto do discurso ela menciona que essa situação ocorre também porque o Brasil fornece alimentos para aproximadamente 800 milhões de pessoas ao redor do mundo, uma informação proveniente de um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de 2021.
Em vez de sugerir métodos para distribuir o excedente alimentar do Brasil aos que mais precisam, a reportagem da Globo tende a culpar o setor agropecuário por contribuir para a destruição do planeta devido ao CO2 emitido pelos animais. Cabe ressaltar que, de acordo com uma pesquisa publicada pela Nature Climate Change, o dióxido de carbono é também um fator que tornou o planeta mais verde nas últimas três décadas.
Agropecuária que captura carbono
O estudo mostra, por exemplo, que o investimento em recuperação e manejo de solo, com propostas que capturam carbono, já faz o país ter uma captura de carbono de 200 milhões de toneladas de CO2 por ano. Com ainda 96 milhões de hectares de terras degradadas — que emitem carbono — o país tem um imenso potencial de multiplicar essa captura.
O que é preciso, dizem os pesquisadores, é dar escala para políticas que incentivem tecnologias de baixas emissões para agropecuária, como plantio direto, recuperação de pastagens com níveis de degradação e implementação de sistemas integrados.
“Por exemplo, em 2021, os solos brasileiros que possuem alguma prática considerada conservacionista, como a aplicação de plantio direto, recuperação de pastagens com níveis de degradação e implementação de sistemas integrados, foram responsáveis pela remoção de 370,8 MtCO2 (toneladas de dióxido de carbono equivalente)”, aponta o estudo.
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