 
        O Grupo Rei FIsh passou a ter dificuldades financeiras a partir de 2023, quando as vendas começaram a diminuir rapidamente, acumulando uma dívida de R$ 3,8 milhões. Frigorífico elencou série de razões para a crise financeira, entre elas o fim do projeto “Peixe Santo”
O Grupo Rei Fish (Grupo “Rei do Peixe”), reconhecido no mercado de pescados em Mato Grosso, teve seu pedido de recuperação judicial deferido pela 1ª Vara Cível de Cuiabá, especializada em falência e recuperação judicial, sob a decisão da juíza Anglizey Solivan de Oliveira. A decisão foi oficializada no Diário Oficial em 22 de agosto de 2024, marcando um novo capítulo na trajetória do grupo que, apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos, busca reestruturar suas operações e honrar seus compromissos financeiros.
Fundado em 2005 pelo empresário Francisco Neto da Silva, o Grupo Rei Fish começou com a compra e venda de peixes de forma modesta, expandindo significativamente suas operações ao longo dos anos. Em 2019, o empresário inaugurou o “Frigorífico Rei Fish”, consolidando o nome da empresa no setor.
Durante o primeiro ano de operação formal, os negócios prosperaram, mas a partir de 2021, o cenário começou a mudar. O aumento expressivo nos preços de insumos, como a ração para peixes e o diesel, impactou fortemente a rentabilidade da empresa. As dificuldades financeiras se intensificaram com a alta inflação e a instabilidade econômica do país, afetando drasticamente as vendas.
Mesmo com uma expansão inicial promissora, que chegou a duplicar o volume semanal de vendas para até 6 mil quilos de pescado em 2022, o grupo enfrentou novos desafios em 2023. Dentre os fatores críticos, destacam-se o fechamento da estrada que dava acesso à Chapada dos Guimarães, principal ponto de venda da empresa, e o cancelamento da 31ª edição do projeto “Peixe Santo” pela Prefeitura de Cuiabá em 2024. Essas adversidades agravaram a crise financeira, forçando o grupo a reduzir a produção e o quadro de funcionários.
Com dívidas que totalizam R$ 3,8 milhões, a Rei Fish agora conta com um prazo de 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial. Este plano deve incluir propostas detalhadas para o pagamento das dívidas, como prazos e eventuais descontos, enquanto as execuções das dívidas relacionadas ao processo ficam suspensas por 180 dias.
Credores do Grupo
Entre os credores, destacam-se o Banco Votorantim, com um crédito de R$ 183.240,00, e a Cooperativa de Crédito Sicredi Vale do Cerrado, que tem o maior valor a receber, somando R$ 2.516.700,99 na classe quirografária e mais R$ 637.334,42 na classe de garantia real. Outros credores incluem a empresa Pantanal Representações LTDA e diversos indivíduos, como Luciano Pereira Gomes e Marta de Farias, que possuem créditos na classe trabalhista.
O processo de recuperação judicial é visto como uma tentativa crucial para reverter a situação do grupo e evitar a falência, permitindo a continuidade das atividades e a manutenção dos empregos em meio a um cenário econômico desafiador. O sucesso desse plano será decisivo para a sobrevivência do Grupo Rei Fish e sua capacidade de retomar o crescimento no mercado de pescados, setor vital para a economia local e regional.
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