Ibraoliva cria grupo técnico para aproximar pesquisa e campo na olivicultura

A equipe reúne engenheiros agrônomos e propõe troca de informações técnicas com foco em produção e manejo.

O Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) estruturou um grupo técnico formado por engenheiros agrônomos e especialistas de diferentes regiões para aproximar os resultados da pesquisa do dia a dia no campo. A medida busca integrar dados e experiências com o objetivo de sistematizar informações e aprimorar o desempenho da cadeia produtiva.

De acordo com o diretor técnico do Ibraoliva, André Sittoni Goelzer, o grupo foi criado para analisar trabalhos desenvolvidos no Estado e no país, especialmente pesquisas de mestrado e doutorado em universidades. “Nosso objetivo é compilar essas pesquisas e identificar o que pode ser colocado em prática no campo, visando melhores resultados em produção, manejo de plantas, diminuição de doenças e outros fatores agronômicos importantes para a olivicultura do Rio Grande do Sul e para a olivicultura nacional”, explica.

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A sistemática de trabalho é baseada na troca de informações sobre práticas e resultados observados nas regiões onde atuam. Esses dados serão organizados para acesso dos associados do Ibraoliva. “A ideia é organizar um fórum técnico-científico, com palestras gratuitas de 45 minutos a uma hora, a cada mês e meio ou dois meses, sempre com convidados especialistas abordando temas que vão do manejo agronômico às boas práticas de fabricação, extração, indústria e lagar. O objetivo é ampliar a troca de informações entre todos os elos da cadeia produtiva”, detalha Goelzer.

A proposta das palestras é realizar encontros online e gratuitos, com foco na disseminação de conteúdos técnicos e operacionais. A iniciativa também visa abordar os impactos do clima sobre a produtividade. “Estamos tentando minimizar os impactos das intempéries e alcançar uma produção mais regular, mesmo reconhecendo os desafios. O resultado para o consumidor é ter produto na prateleira e, com mais regularidade, preços menos suscetíveis a oscilações. Ainda assim, não acredito que o azeite brasileiro vá competir em preço com os importados nos próximos anos, pois são produtos de perfis distintos: grande parte dos azeites importados é virgem ou lampante, enquanto buscamos sempre o extravirgem, de maior valor agregado”, ressalta.

Goelzer afirma que o foco é oferecer suporte técnico aos produtores, tanto iniciantes quanto os já estabelecidos. “Trabalhamos para entregar conhecimento, melhores práticas e caminhos que ajudem o produtor a conquistar regularidade e viabilidade econômica, tanto no Rio Grande do Sul quanto em todo o país. A olivicultura é uma cultura de longo prazo, e o nosso desafio é construir resultados consistentes para que o setor se torne cada vez mais próspero e sustentável”, conclui.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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