Marcado pela fase de baixa do ciclo pecuário em Mato Grosso, neste ano o boi gordo foi cotado a R$ 216,96/@ (média de janeiro até a primeira quinzena de dezembro), recuo de 21,69% em comparação com o mesmo período de 2022.
O ano de 2023 foi marcado pela fase de baixa do ciclo pecuário em Mato Grosso, no qual foram vistas intensas desvalorizações no setor. Dessa forma, neste ano o boi gordo foi cotado a R$ 216,96/@ (média de janeiro até a primeira quinzena de dezembro), recuo de 21,69% em comparação com o mesmo período de 2022. Essa retração foi resultado da maior disponibilidade de bovinos nas indústrias frigoríficas, que abateram 5,48 milhões de cabeças no acumulado de janeiro a novembro de 2023, ao passo que em 2022 foram abatidos 4,55 milhões de bovinos no mesmo período.
As vacas foram as principais responsáveis por esse impulso, uma vez que o volume de fêmeas abatidas ao longo dos 11 primeiros meses de 2023 foi 40,83% maior que em 2022. A alta nos abate de matrizes desestimulou a atividade de criação de bovinos de reposição, desse modo, desencadeou a desvalorização nos preços, tendo como exemplo o bezerro de ano, que desvalorizou 28,72% no comparativo anual.
- QUEDA: com o aumento na oferta em 2023, a cotação do bezerro de ano reduziu 28,72% em relação a 2022 e finalizou em R$ 2.009,42/cab.
- RETRAIU: a desvalorização nos preços do bezerro reduziu a margem da cria, o que impulsionou os abates de fêmeas em 40,83% no comparativo anual
- ENCURTOU: a maior participação de fêmeas nos abates aumentou a disponibilidade de bovinos nas indústrias, com isso a @ do boi reduziu 21,69% ante a 2022
- ACRÉSCIMO: o maior número de animais terminados resultou no alargamento da escala de abate, que alongou 17,57% ante o ano anterior.
Perspectiva
Transição do ciclo pecuário em 2024 pode lateralizar o preço do boi gordo no próximo ano
Em 2023, Mato Grosso passou pela fase de baixa mais intensa da história do ciclo pecuário. Ademais, a perspectiva é que em 2024 ocorra a transição para a próxima fase do ciclo, cuja característica é de lateralização com tendência de alta nos preços, com a participação de fêmeas nos abates ainda acima da média histórica. Além disso, o grande volume de matrizes abatidas nos últimos dois anos pode resultar na menor oferta de animais de reposição no mercado no 2º sem/24. Com isso, o mercado de reposição tende a iniciar o movimento de recuperação nos preços neste período.
No que tange às exportações, o cenário é otimista, mediante a habilitação de novas plantas, tanto para China quanto a abertura de novos mercados. Por fim, cabe a atenção dos pecuaristas para a possível redução na produção de grãos em MT em função do EL Niño, o que traria alta nos preços de soja e milho. Ainda, esse fenômeno climático pode impactar também a qualidade das pastagens, diminuindo a capacidade de suporte e consequentemente, afetando a engorda de bovinos a pasto.

Fonte: Imea
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