
Os impactos das recentes proibições na aplicação de defensivos sobre a produtividade e a economia, segundo a Global Crop Protection.
Nos dias atuais tem se tornado cada vez mais comum notícias sobre a proibição da aplicação de determinados princípios ativos em diversas culturas ao redor do mundo. Embora o viés ambiental seja muito importante, a forma de aplicação destas estratégias deve ser muito bem pensada para não causar consequências catastróficas e muitas vezes irreversíveis a economia desses países.
O recente caso do Sri Lanka é um perfeito exemplo disso. No início de 2020, o governo decidiu proibir o uso de pesticidas na agricultura. Seu objetivo era ambicioso: tornar a agricultura nacional totalmente orgânica. Imediatamente após a medida, um terço da produção agrícola do país foi perdida e o setor de chá, produto mais exportado do país, registrou um prejuízo de US$ 425 milhões.
Além do Sri Lanka, grandes produtores de alimento mundiais como é caso dos Estados Unidos e países membros da União Europeia também estiveram envolvidos em políticas de banimentos de moléculas nos últimos anos.
Um exemplo é a recente proibição da aplicação da molécula de Atrazina por pulverização aérea e a obrigatoriedade de redução das taxas de aplicação pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, que gerou diversas questões na procura por substitutos no combate a gramíneas e ervas daninhas, afetando principalmente a produtividade da cultura de milho. Na União Europeia o mesmo herbicida já havia sido proibido devido a preocupações com sua toxicidade.
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A avaliação ambiental do uso e impacto de defensivos é importante tanto do ponto de vista social quanto para o desenvolvimento de novas tecnologias que melhorem o cultivo da planta e a produtividade do solo. Entretanto, é primordial que as medidas sejam tomadas em consonância com os desafios atuais e futuros, como a cobertura alimentar, impactos econômicos, surgimento de novas doenças e resistência às formulações já existentes.
Muitas moléculas novas estão surgindo e sendo registradas em nosso país. A homologação dessas moléculas e novos produtos deverão ser essenciais para manter a qualidade no campo e ficar menos vulnerável a essas movimentações de mercado de banimentos ou até mesmo, mudança de estratégia de fornecedores ao tirar o produto de suas carteiras.