Importação de tilápia pode comprometer 500 mil empregos no Brasil

Informação é da Peixe BR que, em conjunto com outras entidades do setor, emitiu nesta quarta-feira (18) uma nota sobre as preocupações.

Desde o momento em que a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) tomou conhecimento de uma possível negociação para a importação de tilápia do Vietnã pelo Brasil, tornou pública sua oposição contrária a entrada dessa espécie em território nacional.

Nesta quarta-feira (18), em conjunto com outras entidades do setor, a associação emitiu uma nota que reflete as preocupações tanto dos produtores quanto dos representantes do setor.

Toda a cadeia de produção de peixes de cultivo no Brasil, representada por entidades como Associação Catarinense de Aquicultura (Acap), Associação de Criadores de Peixes de Rondônia (Acripar), Associação Goiana de Piscicultores (AGP), Associação dos Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), Associação dos Aquicultores e Empresas Especializadas de Minas Gerais (Peixe MG) e Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União (Peixe SP), é unânime em sua oposição à possível importação de tilápia, seja ela do Vietnã ou de qualquer outra origem.

“O Brasil não precisa da tilápia importada para atender à demanda interna A produção nacional cresce mais de 5% ao ano há pelo menos uma década. É volume suficiente para suprir o consumo do país”, afirmam as entidades na nota.

De acordo com as associações, a questão não apenas ameaça desestabilizar o mercado, mas também pode prejudicar 500 mil empregos no Brasil, uma vez que a atividade é dominada por 98% dos pequenos produtores. “A tilápia brasileira é produzida com segurança alimentar, boas práticas sanitária e de manejo. Não conhecemos as condições de produção no Vietnã, mas sabemos do risco sanitário da importação”, ressaltam no documento.

Além disso, o Brasil já importou mais de R$ 500 milhões em panga do Vietnã até setembro, o que é igualmente prejudicial, pois desencoraja a produção tanto dessa espécie quanto de outras no Brasil. “São R$ 500 milhões que poderiam estar gerando emprego e renda para milhares de pequenos produtores brasileiros”, frisam.

Fonte: O Presente Rural

ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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