Inglaterra se destaca no campo do Agro e do Futebol

A sua primeira edição sem a rainha Elizabeth II, e a Inglaterra caiu no Grupo B, no qual enfrentará, na primeira fase, os Estados Unidos, Irã e País de Gales. Mas ela é conhecida por suas raças bovinas utilizadas pelo mundo!

País onde o futebol foi inventado, a Inglaterra, só conquistou uma vez o mundial de futebol. A conquista foi 1966, com a rainha Elizabeth II presente em Wembley, em uma campanha que se iniciou com um empate por 0 x 0 contra a forte seleção do Uruguai.

Mesmo com o tropeço inicial, os donos da casa arrancaram rumo ao título inédito a partir da segunda rodada. Ainda na primeira fase daquela edição, os ingleses derrotaram o México, por 2 x 0, e confirmaram o primeiro lugar no Grupo A com outro triunfo, também por 2 a 0, contra a arquirrival histórica França.

No mata-mata, triunfos sobre a Argentina (1 x 0), Portugal (2 x 1) e Alemanha (4 x 2), em jogo de arbitragem polêmica do suíço Gottfried Dianst. A rainha Elizabeth II saiu do trono, em Wembley, e entregou a Jules Rimet ao capitão inglês Bobby Moore – na tribuna do templo sagrado do futebol inglês.

Nesta edição, a primeira sem a rainha Elizabeth II (que nasceu em 1926 e acompanhou todas as edições desde 1930 primeiro ano da Copa do Mundo de Futebol), a Inglaterra caiu no Grupo B, no qual enfrentará, na primeira fase do mundial, os Estados Unidos, Irã e País de Gales.

A Rainha Elizabeth II, aos 40 anos, entrega Taça Jules Rimet ao capitão Bobby Moore, em 1966 | Foto de arquivo

Agronegócio

O setor agrícola do Reino Unido responde por cerca de 0,6% do PIB e emprega 1% da força de trabalho (Banco Mundial, últimos dados disponíveis), mas é muito produtivo já que consegue produzir o suficiente para atender cerca de 60% de sua demanda de alimentos. Os principais produtos cultivados são batatas, beterrabas, trigo e cevada. A pecuária (especialmente ovinos e bovinos) continua sendo uma atividade importante.

O setor de pesca também é muito desenvolvido, mas sofre, atualmente, com a diminuição do volume de peixes nas áreas tradicionais de pesca (o assunto foi uma questão fundamental do acordo comercial concluído com a UE, que afirma que o Reino Unido terá o direito de excluir por completo os barcos da UE após 2026).

De acordo com os últimos dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), a área agrícola utilizada em 20201 foi de 8.8 milhões de hectares. A receita total da agricultura do país em 2020 foi de GBP 5.121 milhões, -2,5% ano a ano (ONS, dados mais recentes disponíveis).

Agro da Inglaterra de mãos dadas com o Agro Brasileiro

Desde o último encontro entre o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), tem havido uma aproximação entre os dois países. O Reino Unido se aproximou do Brasil com o intuito de aumentar a parceria sobre os produtos agropecuários, e visando substituir o fornecimento de alimentos que tinham origem em países do bloco econômico europeu.

Um novo regime tarifário britânico entrou em vigor, desde janeiro de 2021. Assim, os impostos sobre importação de 563 produtos agropecuários foram reduzidos ou zerados, de acordo com um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária e do Brasil (CNA). A nova legislação abre uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro, que pode aumentar a sua relevância comercial devido à falta de alimentos no Reino Unido.

Algumas raças que se destacam

Raça Devon

Entre as raças de corte mais antigas que existem no mundo, a Devon tem sua história iniciada há milênios. Clive Thorton, em seu livro “Os Rubis Vermelhos – A história do Gado da Raça Devon” buscou evidências que datam de 7.000 a 10.000 anos atrás.

Gado da Raça Devon Foto: Alexandre Teixeira

Desta forma, é uma raça que foi submetida a uma seleção rigorosa durante muito tempo, tendo que competir sempre com as raças que surgiram mais tarde. É uma raça de enorme capacidade de adaptação aos diferentes ambientes através dos tempos.

A Devon começou, no século XVIII, a expandir-se do oeste do Reino Unido. Foi considerada a raça mais perfeita na Grã-Bretanha. No século XIX, o Devon foi cuidadosamente cruzado com zebus indianos, tendo em vista a formação de raças adaptadas ao clima tropical.

Essas raças são Jamaica Red, Bravon, Makaweli e Santa Gabriela. Esta, por sua vez, está sendo usada para melhorar algumas raças bovinas japonesas.

Os primeiros exemplares Devon vieram para o Brasil em 1906, importados do Uruguai. Foi Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938) quem importou as primeiras quarenta novilhas Devon, e mais tarde importou outros animais diretamente da Inglaterra. Foram enviados para a sua Estância em Pedras Altas e depois para Alegrete, ambas no Rio Grande do Sul. Atualmente, o Brasil possui expressivo rebanho da raça Devon.

Hereford

A raça tem origem na Inglaterra, mas os primeiros exemplares chegaram ao Brasil pela Argentina e pelo Uruguai. A sua performance, combinada à praticidade no manejo, torna esses animais muito populares em várias regiões do mundo, reconhecidos como raça básica.

São bovinos de grande porte e notável estrutura muscular. No entanto, são mochos e bastante dóceis no campo. Têm elevada fertilidade, longevidade e eficiência alimentar, além de serem rústicos e apresentarem ótima adaptabilidade a diversos sistemas de produção.

Os Hereford têm excelente capacidade de engorda e de acabamento de carcaça, chegando ao peso ideal para o abate entre os 20 e os 26 meses, em média. A gordura da carcaça é bem distribuída, o que dá à carne o aspecto marmorizado e uma elevada qualidade, o que garante destaque no mercado.

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