A inovação no agronegócio: uma realidade desafiadora

No Brasil, o agronegócio possui uma representatividade significativa na economia nacional e tem sido considerado a “engrenagem” da economia nos últimos anos.

Para tanto, tem passado por diversas modificações, uma vez que as empresas estão focando na implantação de novas estratégias para atender às exigências do mercado consumidor.

As empresas ligadas ao agronegócio estão buscando desenvolver novos modelos gerenciais e produtos inovadores, contribuindo dessa forma, para o crescimento das exportações brasileiras e consequentemente para o crescimento do país.

O agronegócio brasileiro vem se modernizando rapidamente se comparado a outros setores da economia, e isto faz surgir necessidades até então desprovidas de soluções.

Este mercado em expansão é uma oportunidade de bons negócios, mas é também um grande desafio: produzir maiores volumes, com qualidade, e de forma sustentável. Só mesmo inovando!

Atualmente existe muita oferta de tecnologia para o agronegócio. Satélites, drones, modelos meteorológicos, monitoramento remoto do solo, por exemplo, mas que ainda não estão integrados, o que acaba impedindo a transformação dos dados gerados em informação e inteligência para a tomada de decisão do produtor.

A aplicação de inovações no campo ainda exigirá que as empresas ofereçam soluções mais completas e integradas para que os usuários possam obter resultados realmente importantes para a gestão dos negócios rurais. Uma solução integrada, permitirá que o produtor rural identifique problemas com antecedência, reduza riscos e custos.

Apesar da disponibilidade de soluções, no Brasil o acesso à inovação ainda é modesto, principalmente na grande parcela de pequenos produtores, responsável por boa parte do que é consumido no país.

Oportunizar o acesso aos produtores a esse mundo novo faz parte da garantia de que continuaremos a ser dos grandes produtores de alimentos do mundo!

Mas na fronteira do acesso à inovação existe uma safra de jovens empreendedores rurais que tem utilizado de soluções como o big data, internet das coisas e até o conceito de economia compartilhada para revolucionar a maneira como tem gerido seu negócio.

De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), nos últimos dois anos, quase quadruplicou a quantidade de startups ligadas à agricultura – as chamadas agritechs, ou agtechs.

As agritechs têm uma relação forte com a academia, uma vez que várias dessas startups são incubadas em universidades. Esse novo formato de negócio traz soluções para todos os portes e bolsos, do grande ao pequeno produtor. Essas empresas estão fazendo uma verdadeira revolução na agricultura.

Espera-se que realidade dos agricultores sem acesso a informação para gerirem seu negócio fiquem no passado. Pois pelo que tudo indica estão cada dia mais conectados, interessados e demandantes de inovações. Produtores irão continuar demandando soluções práticas, customizadas e integradas.

A era da agricultura da informação chegou e as oportunidades para produtores e desenvolvedores de soluções estão aí! O Brasil também poderá aproveitar este momento para dar um salto ainda maior nos excelentes resultados que o agronegócio tem proporcionado. Isso tudo significa maior produtividade, qualidade, regularidade na oferta.

Mas será preciso compreender que, para ampliar a capacidade competitiva do país serão necessários pesados investimentos em inovação. Pois, enquanto mudanças políticas e sociais se dão de modo lento e linear, a mudança científica e tecnológica se dá, cada vez mais, de modo acelerado e exponencial.

*Cintya Pereira Soares – Analista Técnico – Unidade de Agronegócios / Sebrae Minas

Fonte: Sistema FAEMG 

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