Inseminação artificial avança no Brasil

No auge da estação de monta nas principais regiões produtora de gado do País, técnica tem grande eficiência no campo, mas requer cuidados

Ailton Baraviera*

Foi dada a largada nas principais regiões produtoras de gado do Brasil para a estação de monta. Este ano, segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), a expectativa é que se insemine cerca de dez milhões de vacas em todo o País. O Centro-Oeste é aonde se concentra o maior percentual de fêmeas inseminadas, sendo Mato Grosso do Sul o líder neste ranking com 18%. O mercado de sêmen bovino que no primeiro semestre deste ano cresceu 7,6% em relação a 2016, conforme dados da Asbia, tem alcançado maior destaque na pecuária leiteira com um salto de 24,8% nas vendas no período.

Seguindo todos os protocolos necessários, a inseminação artificial tem se mostrado muito eficiente elevando a taxa de prenhez nas propriedades. Mas a técnica para ser realmente assertiva requer alguns cuidados importantes. A primeira coisa, antes mesmo de ir a campo, é realizar um bom planejamento. O produtor precisa identificar o período de estação de monta, ou seja, o início e fim da parição e ajustá-la de acordo com as condições climáticas de sua região.

Na pecuária de corte, hoje praticamente já extinguiu a observação de cio, pois a maioria já adotou a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Porém, na pecuária leiteira, grande parte das propriedades ainda fazem a observação de forma manual. Para estas fazendas, já existem no mercado ferramentas tecnológicas que auxiliam a ter melhor eficiência na identificação do cio.

Com a identificação em mãos, o pecuarista deve respeitar os procedimentos para iniciar a inseminação. Nesta etapa precisa estar atendo ao nível de nitrogênio do botijão e a seguir corretamente o protocolo de descongelamento e monitoramento da temperatura das palhetas.

Outro ponto que jamais deve ser descuidado é em relação ao manejo sanitário do rebanho. Pois o monitoramento do gado é muito importante para evitar doenças reprodutivas, como a brucelose, tuberculose e leptospirose.

Manejo adequado

Seguir à risca os protocolos de preparação da inseminação nas fêmeas é o primeiro passo do processo. Mas, para o produtor obter sucesso com a técnica é preciso ficar atento ao manejo dos animais. Isso porque as condições físicas e o estresse deles também são avaliados. Esses fatores podem interferir na taxa de prenhez. Por isso, o trabalho precisa ser feito com máxima tranquilidade possível. Cada detalhe neste momento faz muita diferença no resultado final.

Para um manejo eficiente é preciso ter atenção com o curral e principalmente com o tronco de contenção, um dos equipamentos mais importantes da fazenda e principal ferramenta na inseminação. Ao comprar um equipamento, o produtor precisa analisar ele atende suas necessidades e se possui qualidade, segurança e também se é um produto de fácil manejo.

O tronco foi desenvolvido e projetado especialmente para conter e imobilizar bovinos de forma individual e assim facilitar os diversos tratos zootécnicos e veterinários de manejo, entre eles procedimento de inseminação artificial. A ACB Baltec, por exemplo, que está no mercado a mais de 25 anos, oferece aos produtores diversas opções de modelos de troncos que são fabricados sob medida a pedido de cada cliente com foco em tecnologia e eficiência. Entre os produtos que a empresa disponibiliza, destaque para o tronco convencional. O equipamento é fabricado com materiais de alta qualidade e resistência, ideal para pecuaristas que buscam facilidade e segurança para executar todos os procedimentos da fazenda com agilidade.

A empresa também coloca à disposição dos clientes o tronco no modelo americano. O equipamento possui um sistema de cambão permitindo imobilização total e segura do animal para os serviços e procedimentos. Assim evita que ele se machuque e permite que o operador trabalhe de forma eficiente e segura.

Dicas rápidas para não errar

  1. Planejamento antecipado da inseminação;
  2. Ficar atento ao calendário de vacinas reprodutivas;
  3. Cuidado com o manejo sanitário do rebanho;
  4. Utilizar tecnologias existentes no mercado para a observação e detecção de cio;
  5. Controlar o nível de nitrogênio do botijão na propriedade;
  6. Respeitar os procedimentos corretos de descongelamento;
  7. Controlar a temperatura externa do animal para não causar estresse térmico;
  8. Realizar o manejo dos animais de formar calma para não estressá-los;
  9. Pelo menos a cada três anos fazer reciclagem de toda a equipe da fazenda;
  10. Checar sempre as condições dos equipamentos para evitar acidentes.

*Técnico da ACB Baltec Tronco & Balanças, empresa sediada em Araçatuba/SP, especialista na fabricação de soluções para o manejo e controle do rebanho com foco no bem-estar animal e a segurança no manejo.

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