
Em cavalos, as intoxicações podem ocorrer por diversos fatores, como a ingestão de plantas tóxicas, alimentos ou água contaminados, uso de medicamentos e produtos químicos e até mesmo por erros de manejo.
As intoxicações representam um risco constante no manejo dos equinos, podendo comprometer seriamente a saúde dos animais e, em casos mais graves, levá-los à óbito. Em cavalos, as intoxicações podem ocorrer por diversos fatores, como a ingestão de plantas tóxicas, alimentos ou água contaminados, uso de medicamentos e produtos químicos e até mesmo por erros de manejo.
“Mesmo com todos os cuidados no manejo, as intoxicações ainda podem acontecer. Por isso, é essencial que os criadores, tratadores e demais funcionários da propriedade saibam reconhecer precocemente os principais sinais clínicos apresentados pelos animais”, alerta Kauê Ribeiro, Coordenador de Comunicação Técnica da Vetnil.
Entre as causas mais recorrentes estão as intoxicações por ionóforos, antibióticos amplamente utilizados na produção de ruminantes e aves, com funções coccidiostáticas, antimicrobianas e promotores de crescimento, contribuindo para a melhora do desempenho produtivo. Os equinos são extremamente sensíveis a essas substâncias, mesmo em pequenas quantidades.
Kauê Ribeiro alerta para outro ponto de atenção: o ambiente onde os cavalos vivem. A ingestão de plantas tóxicas, como maria mole (Senecio brasiliensis), xique-xique (Crotalaria juncea), fedegoso (Senna occidentalis), mamona (Ricinus communis) e samambaia (Pteridium aquilinum), pode causar intoxicação com diferentes sinais clínicos.
As plantas dos gêneros Senecio e Crotalaria, por exemplo, abrigam espécies de plantas que contém alcaloides pirrolizidínicos, fitoquímicos que são bioativados no fígado e produzem metabólitos tóxicos, como os ésteres pirrólicos e álcoois pirrólicos. A intoxicação por essas espécies de plantas pode se manifestar de forma aguda ou crônica, afetando principalmente o fígado dos animais, pela inibição da mitose das células hepáticas e necrose celular, causando danos irreversíveis ao órgão. Alguns destes alcaloides, como a monocrotalina, podem acometer também os pulmões e o rim. Os equinos intoxicados apresentam sinais de diminuição progressiva do apetite, apatia, depressão, mucosas ictéricas e fotossensibilização, evoluindo para sinais neurológicos pela encefalopatia hepática, com movimentos constantes da cabeça, pressão da cabeça contra objetos, deambulação, entre outros. Os animais geralmente vêm a óbito em poucos dias após o início dos sinais clínicos.
Também podem ocorrer casos de contaminação por micotoxinas, substâncias produzidas por fungos presentes em alimentos mal armazenados, como a silagem de milho – que pode abrigar a doença do milho mofado, enfermidade que pode causar sérios danos ao sistema nervoso central, provocando degeneração da substância branca cerebral, além de causar danos hepáticos significativos.
Um animal intoxicado pode apresentar diferentes sinais clínicos – dependendo da fonte da intoxicação – como anorexia, depressão, salivação excessiva, cólicas, taquicardia, convulsões, sudorese, ataxia, dificuldade respiratória, letargia, tremores musculares, falência hepática ou cardíaca, fraqueza, andar desorientado, hiperexcitabilidade, pressão da cabeça contra superfícies, decúbito e morte.
O tratamento de intoxicações envolve a retirada imediata da fonte de intoxicação, a administração de carvão ativado, com o objetivo de reduzir a absorção das toxinas no trato gastrointestinal, a realização de terapia de suporte, como a fluidoterapia, a reposição de eletrólitos perdidos e o uso de medicamentos, vitaminas e antioxidantes que reduzam o dano oxidativo e forneçam um suporte hepático.
Com foco no bem-estar e saúde dos cavalos, a Vetnil oferece soluções eficazes para auxiliar em casos de intoxicação, como o Enterex®, produto à base de carvão ativado, associado a zeólita, caulim e pectina, que aumentam consideravelmente seu potencial de adsorção.
Kauê Ribeiro destaca que “a reposição de eletrólitos com o Eletrolítico® Pó da Vetnil, auxilia na restauração do equilíbrio hidroeletrolítico e na prevenção de distúrbios metabólicos, enquanto o Hipervit® 20.000 mcg e E-S-E® oferecem suporte nos casos em que ocorrem alterações neurológicas e musculares”. Cavalos que apresentam fasciculações musculares severas podem necessitar miorrelaxantes centrais como o metocarbamol, princípio ativo que compõe o Descontrax®, medicamento da Vetnil®.
Em situações em que há comprometimento hepático, o uso de produtos que auxiliem na recuperação metabólica e/ou hepática dos animais é essencial, como é o caso do Ornitil®. Já em situações de estresse metabólico, o Hepvet® Equinos é uma opção indicada por reunir 23 elementos essenciais ao suporte na recuperação de animais submetidos a condições extremas.
Em alguns casos, a reposição intravenosa de nutrientes, como vitaminas e aminoácidos, também pode auxiliar na recuperação do metabolismo energético e proteico dos animais, como é o caso do Bionew®.
“O ideal é que o manejo preventivo seja eficaz. Para isso, recomendam-se práticas seguras, controle rigoroso da qualidade da alimentação, armazenamento correto dos insumos e acompanhamento veterinário contínuo para garantir a saúde e o bem-estar dos equinos”, observa Kauê Ribeiro.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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