Invasão do MST paralisa centro de pesquisa da Ceplac e causa danos à infraestrutura na Bahia

Segundo informações preliminares, cerca de 300 integrantes do movimento ocuparam o local por mais de 24 horas.

Um dos mais importantes centros de pesquisa agropecuária do país, vinculado à Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), teve suas atividades paralisadas após ser invadido por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no município de Itabela, no sul da Bahia. A ocupação ocorreu no último final de semana e causou danos à estrutura da Estação de Zootecnia do Extremo Sul da Bahia.

Segundo informações preliminares, cerca de 300 integrantes do movimento ocuparam o local por mais de 24 horas. Durante esse período, servidores foram impedidos de acessar o centro, o que resultou na interrupção de diversas pesquisas em andamento — entre elas, projetos internacionais voltados ao estudo de gases do efeito estufa, sequestro de carbono no solo e manejo sustentável de pastagens.

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Além da paralisação, foram registrados cortes de cercas, ligações elétricas clandestinas e curtos-circuitos que danificaram equipamentos e instalações. As atividades da estação, que envolvem parcerias com universidades do Brasil, Estados Unidos e Canadá, seguem suspensas.

O MST afirma que a ação foi pacífica e teve como objetivo pressionar por avanços nas negociações com órgãos federais como Ceplac, Incra, SPU e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O grupo reivindica a destinação de áreas que, segundo eles, não cumprem função social para fins de reforma agrária.

A invasão faz parte de uma série de ações coordenadas pelo movimento em diversas regiões do país, em alusão ao Dia Internacional da Agricultura Familiar, celebrado em 25 de julho. Em nota, representantes do setor agropecuário e pesquisadores ligados à Ceplac manifestaram preocupação com os prejuízos causados à infraestrutura pública e aos projetos científicos de longo prazo.

Até o momento, o governo federal não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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