Esqueça o macarrão antes da prova. Baseado na ciência evolutiva, novo livro best-seller desafia a pirâmide alimentar e coloca a carne bovina brasileira como o combustível definitivo para a alta performance e longevidade
A imagem clássica do atleta de resistência consumindo pratos gigantescos de massa e géis de carboidrato está sendo colocada em xeque. A prova viva dessa revolução nutricional é o brasileiro Alessandro Medeiros. Aos 55 anos, ele não apenas vence ultramaratonas de 515 quilômetros, mas faz isso superando competidores com metade da sua idade e o mais chocante, em estado de jejum. O segredo de Medeiros? A adoção estrita da dieta carnívora, uma alimentação composta 100% por produtos de origem animal.
Essa jornada fisiológica é detalhada no livro “O Poder da Carne”, escrito pelo atleta em parceria com a nutricionista Letícia Moreira. A obra, que já figura entre as mais vendidas do país, serve como um dossiê técnico que revalida o papel do pecuarista na saúde pública, provando que a carne bovina não é vilã, mas sim um superalimento.
Dieta carnívora e performance: A ciência da “Máquina Humana”
Para o produtor rural e entusiastas do agro, entender a biologia por trás desse feito é o argumento final contra as narrativas anti-carne. O sucesso de Medeiros baseia-se na flexibilidade metabólica.
Enquanto a maioria dos atletas depende de glicogênio (açúcar estocado no músculo), que dura poucas horas, Medeiros treinou seu corpo para acessar a gordura corporal como fonte primária de energia através do consumo de proteína animal. É um estado conhecido como cetose nutricional.
O RAIO-X DA PERFORMANCE:
Dados de bioimpedância revelados no livro mostram a disparidade energética:
- O Tanque de Reserva: Mesmo magro (10% de gordura corporal), o corpo do atleta estocava mais de 80.000 calorias em energia vinda da gordura animal.
- O Consumo: Uma ultramaratona queima cerca de 22.000 calorias.
- O Veredito: Enquanto competidores “quebravam” por falta de açúcar, Medeiros tinha combustível interno para correr quase quatro maratonas seguidas sem colocar nada na boca.
Evolução humana: O cérebro exige proteína animal
A nutricionista Letícia Moreira, coautora da obra, traz para o debate a “Teoria do Tecido Caro”. Estudos antropológicos indicam que o cérebro humano só atingiu sua complexidade atual graças à densidade nutricional da carne e da gordura consumida pelos nossos ancestrais.
“O leite materno, nosso primeiro alimento, é pura gordura e proteína. Nossos ancestrais não evoluíram comendo grãos a cada três horas; eles caçavam e jejuavam. Retomar esse hábito é apenas respeitar nossa biologia”, explicou Medeiros. Ele destaca que a carne vermelha oferece vitaminas B12, ferro heme e creatina em níveis que nenhum vegetal consegue igualar.
Mitos derrubados: A digestão da carne
Um dos maiores trunfos do livro para o setor é a desmistificação da saúde intestinal. O mito de que a carne “apodrece” no estômago é derrubado pela fisiologia básica:
- Biodisponibilidade Máxima: Diferente das fibras vegetais que o corpo não digere, a carne é absorvida quase integralmente no intestino delgado.
- Saúde da Microbiota: Exames clínicos de Medeiros comprovaram uma flora intestinal 100% saudável e regular, provando que é possível ter saúde intestinal perfeita seguindo uma dieta baseada em carnes.
O papel do pecuarista na saúde
Mais do que um guia de emagrecimento, a própria nutricionista relata no livro ter eliminado 35 kg e revertido um pré-diabetes, a obra é um manifesto a favor da pecuária brasileira. Ao citar a importância de genéticas históricas, como o Nelore Lemgruber, os autores lembram que o Brasil produz saúde em escala global.
Para o mercado, a mensagem é clara: a carne bovina é a protagonista de uma revolução silenciosa na qualidade de vida. O produtor rural não entrega apenas uma commodity; ele entrega o combustível da evolução humana.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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