A JBS informou a compra de valor milionário (R$ 74,9 milhões) de bovinos para abate da JBJ – empresa do irmão dos controladores da JBS S.A; Compra de bovinos supre demanda por carne de alta qualidade. Confira!
Companhia está entre as maiores do mundo em seu segmento. A JBS (JBSS3), uma das maiores processadoras de carne do planeta, informou que comprou animais para abate por parte da JBJ, e pagou R$ 74,9 milhões na transação. De acordo com a empresa, as operações com a JBJ são recorrentes e efetuadas no curso normal dos negócios, conforme a necessidade da companhia.
JBS S.A. é uma empresa brasileira do setor de alimentos fundada em 1953 em Goiás. A companhia opera no processamento de carnes bovina, suína, ovina, de frango, de peixe e plant-based, além de atuar no processamento de couros.
A empresa informa ainda que não houve compromissos firmados com a JBJ na modalidade de fornecimento de gado com entrega futura (180 dias) no período de 09 de maio de 2023 a 22 de maio de 2023. As transações com a JBJ são recorrentes e efetuadas no curso normal dos negócios da JBS, conforme as necessidades da Companhia e a capacidade de entrega de animais pela JBJ.
O valor das transações oscila conforme o número de animais abatidos e as condições de mercado. O valor referente a compra de animais para abate realizadas no período entre 09 de maio de 2023 a 22 de maio de 2023 foi de R$ 74.953.330,60.
A JBS afirma que não se obriga de antemão a adquirir gado da JBJ com exclusividade. Segundo comunicado ao mercado, a JBJ é controlada por integrante da família dos maiores acionistas indiretos da companhia, porém sem qualquer participação acionária na J&F Investimentos S.A., controladora da JBS.
De acordo com a JBS, a aquisição dos bovinos para abate está fortemente alinhada à estratégia comercial da empresa, pois supre parte da demanda por animais de alta qualidade (com direcionamento às marcas premium, como Swift Black e 1953), e de determinadas plantas da JBS para garantir estabilidade e segurança de abastecimento.
A aquisição de gado da JBJ também é estratégica para suprir a demanda de abate de determinadas plantas da JBS, permitindo que essas unidades operem com maior estabilidade e segurança de abastecimento. O fornecimento de gado ocorre ao longo do ano, em todas as temporadas, observando as necessidades de abate das plantas em questão.
Júnior Friboi, irmão mais velho de Joesley e Wesley Batista da Friboi, é o dono da JBJ Agropecuária, uma empresa que possuí um verdadeiro império agropecuário pelo país. Segundo as informações da empresa, ao todo são cerca de 10 propriedades, espalhadas em quatro estados brasileiros. Tudo tem início nas fazendas de cria, onde acontece um trabalho de seleção e produção dos bezerros Nelore e Angus de extrema qualidade. Tudo conquistado com trabalho árduo, perseverança e muito conhecimento adquirido para construir: 10 fazendas, 80 mil hectares, 200 mil cabeças de giro anual e 90 mil sacas de soja.
Vale lembrar que recentemente a JBS protocolou um pedido que permite o registro de bonds da empresa na comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC), segundo comunicado divulgado ao mercado.
A aprovação do pedido, conhecido oficialmente como Declaração de Registro no Formulário F-4, é um passo importante para a listagem das ações da JBS nos Estados Unidos, uma vez que a companhia já terá cumprido uma série de exigências necessárias à listagem, conforme apurou o Valor.
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Minoritários da JBS querem que irmãos Batista devolvam bilhões à empresa
Acionistas minoritários da JBS exigem que a holding J&F devolva cerca de R$ 10 bilhões à empresa. Derrotados no STJ, eles estudam recorrer ao STF. A batalha judicial envolve as perdas reveladas na delação feita no âmbito da operação Lava Jato e supostas irregularidades na compra da Bertin.
A ação dos minoritários pede ressarcimento de cerca de R$ 10 bilhões aos cofres da empresa. São considerados entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,6 bilhões em perdas com pagamentos indevidos. O valor inclui doações oficiais e não oficiais, pagamentos a dirigentes ligados a órgãos públicos, pagamentos para liberação de créditos tributários e também multas, juros e impostos.
No caso Bertin, eles consideram que R$ 9,7 bilhões ficaram com os irmãos Batista. Os minoritários consideram que a Bertin foi comprada por R$ 11,9 bilhões e que os irmãos Batista ficaram com R$ 9,7 bilhões de forma indevida. A avaliação deles é que esse valor deve ser ressarcido à empresa.
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