JBS compra R$ 77 milhões em gado da irmã JBJ

A JBS informou a compra de valor milionário de bovinos para abate da JBJ – empresa do irmão dos controladores da JBS S.A; Compra de bovinos supre demanda por carne de alta qualidade. Confira!

A empresa firmou compromisso para comprar R$ 77 milhões em gado com entrega em 180 dias, e destacou que as compras são recorrentes e efetuadas no curso normal dos negócios da JBS, conforme necessidade e capacidade de entrega pela JBJ, apontou o Capitalist. Em nota, segundo o site, a JBS informou que adquiriu bovinos para abate da JBJ Agropecuária pelo valor de R$ 6,8 milhões, com entrega imediata.

Em outro comunicado, destacou que acaba de propor uma listagem de ações no Brasil e nos Estados Unidos. A companhia é a maior produtora de carnes do mundo, e o movimento tem por objetivo ampliar sua capacidade para investir e crescer com menor custo de capital.

A proposta, registrada nesta quarta-feira no órgão regulador de mercados dos Estados Unidos (SEC), fará com que sua estrutura de capital melhor reflita a plataforma global da empresa, e abre caminho para destravar o valor das ações, que hoje são negociadas a múltiplos abaixo da rival Tyson Foods (TSN) e Pilgrim’s Pride, que é controlada pela própria JBS.

Companhia está entre as maiores do mundo em seu segmento. A JBS (JBSS3), uma das maiores processadoras de carne do planeta, informou que comprou animais para abate por parte da JBJ. JBS S.A. é uma empresa brasileira do setor de alimentos fundada em 1953 em Goiás. A companhia opera no processamento de carnes bovina, suína, ovina, de frango, de peixe e plant-based, além de atuar no processamento de couros.

O valor das transações oscila conforme o número de animais abatidos e as condições de mercado. O valor referente a compra de animais para abate realizadas no período. A JBS afirma que não se obriga de antemão a adquirir gado da JBJ com exclusividade. A JBJ é controlada por integrante da família dos maiores acionistas indiretos da companhia, porém sem qualquer participação acionária na J&F Investimentos S.A., controladora da JBS.

De acordo com a JBS, a aquisição dos bovinos para abate está fortemente alinhada à estratégia comercial da empresa, pois supre parte da demanda por animais de alta qualidade (com direcionamento às marcas premium, como Swift Black e 1953), e de determinadas plantas da JBS para garantir estabilidade e segurança de abastecimento.

A aquisição de gado da JBJ também é estratégica para suprir a demanda de abate de determinadas plantas da JBS, permitindo que essas unidades operem com maior estabilidade e segurança de abastecimento. O fornecimento de gado ocorre ao longo do ano, em todas as temporadas, observando as necessidades de abate das plantas em questão.

JBJ Agropecuária - comitiva estrada boiadeira - gado nelore - vaqueiros com mulas - fotao
Foto: JBJ Agropecuária

Júnior Friboi, irmão mais velho de Joesley e Wesley Batista da Friboi, é o dono da JBJ Agropecuária, uma empresa que possuí um verdadeiro império agropecuário pelo país. Segundo as informações da empresa, ao todo são cerca de 10 propriedades, espalhadas em quatro estados brasileiros.

Tudo tem início nas fazendas de cria, onde acontece um trabalho de seleção e produção dos bezerros Nelore e Angus de extrema qualidade. Tudo conquistado com trabalho árduo, perseverança e muito conhecimento adquirido para construir: 10 fazendas, 80 mil hectares, 200 mil cabeças de giro anual e 90 mil sacas de soja.

JBS: potencial transformacional

À Reuters, o CEO global Gilberto Tomazoni disse que a operação, longamente aguardada pelo mercado, tem o mesmo “potencial transformacional” de quando o grupo abriu capital, em 2007, “que permitiu à companhia fazer um crescimento e se tornar a maior empresa de proteínas do mundo”.

Ele ressaltou que a dupla listagem não é uma oferta de ações (IPO) nos EUA, como foi cogitado no passado.

Para o CEO, a empresa terá aumentada a flexibilidade para acelerar sua estratégia de crescimento, que inclui ampliar sua participação no mercado de salmão, crescer na Europa, expandir a diversificação e a oferta de produtos de valor agregado e marcas.

Com a listagem dupla e uma maior base de investidores, a JBS poderá ter o “equity” como fonte de atração de capital. Segundo o CEO, uma eventual nova oferta de ações ocorreria sem grande diluição de valor para os acionistas, já que se espera que os papéis da companhia se valorizem ao longo do tempo.

A empresa

Vale lembrar que a JBS fatura R$ 375 bilhões e tem operações industriais e escritórios comerciais em 24 países e exportação de produtos para mais de 190 países. Caso a listagem seja aprovada, a JBS terá Brazilian Depositary Recipts (BDRs) Nível II negociados na bolsa B3 (B3SA3), lastreados nas ações Classe A listadas na NYSE.

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