JBS é a mais rica de todo o agronegócio brasileiro

Faturamento da gigante Anapolina liderou com folga e outras quatro goianas integram a lista; Empresa de Anápolis é a mais rica de todo o agronegócio brasileiro, aponta pesquisa da Forbes!

A edição de número 92 da Revista Forbes, publicada no último bimestre de 2021, trouxe a lista Forbes Agro100 lista  Forbes As 100 Maiores Empresas do Agro”.  E uma empresa Anapolina foi a responsável por puxar a fila das maiores receitas adquiridas no setor, e com bastante folga, inclusive.

A JBS, fundada em Anápolis no ano de 1953 com o foco na área de alimentos e bebidas, rendeu impressionantes R$ 270,20 bilhões em 2021. Hoje, a companhia está espalhada em 15 países diferentes, com mais de 400 unidades e negócios correlacionados nas mais diversas áreas do comércio, como higiene, biodiesel, couros e alimentos alternativos.

A Lista Forbes Agro 100 traz as maiores empresas de capital aberto no país e quem está por trás de algumas delas. Sua elaboração teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, além de dados compilados pela agência Standard & Poor’s.

Mulheres, homens, máquinas… novas técnicas, tecnologias futuristas e um olhar diferente  para as coisas da terra, para o que dela podemos tirar e o que para ela devemos devolver. Essa é a síntese do trabalho de pesquisa e análise de dados conduzido pela equipe da Forbes que culminou nesta lista das 100 maiores empresas do agronegócio brasileiro em 2021, jogando luz sobre os players que têm mantido o Brasil no topo da pauta da alimentação da população mundial.

Foram consideradas empresas (incluindo holdings e cooperativas) com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2020. Quando indicado, o levantamento considerou o faturamento consolidado das holdings. Foram considerados também o tipo e o grau de atuação de cada companhia ou grupo no agronegócio brasileiro, mesmo nos casos em que a relação da atividade principal com o agronegócio seja indireta.

Houve algumas mudanças na metodologia em relação à edição do ano passado. Empresas de etanol e demais biocombustíveis, por exemplo, formam o segmento Agroenergia. Fertilizantes e defensivos compõem o grupo Agroquímica. Apesar de 2020 ter sido um ano que desgastou a palavra “desafiador”, o agronegócio brasileiro saiu-se muito bem.

O faturamento somado das 100 empresas que constam na edição da Revista Forbes foi de R$ 1,29 trilhão, um crescimento de 24% frente ao R$ 1,04 trilhão de 2019. Apenas cinco companhias tiveram faturamento menor em 2020 que no ano anterior, e houve casos em que a receita mais do que dobrou graças à alta dos preços das commodities no mercado internacional.

Foto: Divulgação

A JBS

Com quase 70 anos de história, a JBS S.A. é uma multinacional de origem brasileira, reconhecida como uma das líderes globais da indústria de alimentos. Com sede na cidade de São Paulo, a Companhia está presente em mais de 20 países.

Em todos os locais onde atua, os mais de 250 mil colaboradores seguem as mesmas diretrizes em relação aos aspectos de sustentabilidade – econômico, social e ambiental –, inovação, qualidade e segurança dos alimentos, com a adoção das melhores práticas, sempre pautados pela mesma Missão e Valores.

A JBS conta com um portfólio de produtos diversificado, com opções que vão desde carnes in natura e congelados até pratos prontos para o consumo, comercializados por meio de marcas reconhecidas no Brasil e no exterior, como Friboi, 1953, Swift, Seara, Seara Gourmet, Doriana, Massa Leve, Pilgrim’s Pride, Swift Prepared Foods, Primo, entre outras.

A Companhia também atua com negócios correlacionados, como couro, biodiesel, colágeno, envoltórios naturais, higiene pessoal e limpeza, embalagens metálicas, transportes e soluções em gestão de resíduos, reciclagem, operações inovadoras e que promovem também a sustentabilidade de toda a cadeia de valor do Negócio.

Confira, abaixo, a lista com as TOP 5 empresas mais ricas do agro brasileiro:

1) JBS

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1953, em Anápolis (GO)
Receita: R$ 270,20 bilhões
Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo, a JBS é a segunda maior companhia brasileira e a maior empresa privada em faturamento. Uma gigante com cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes, a companhia vai muito além das carnes bovina, suína e de aves.

Ela possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal. Em 2020 a empresa voltou a apresentar um resultado recorde, com faturamento de cerca de R$ 270 bilhões, crescimento de 32% ante 2019. A empresa passou a investir também em mercados alternativos, como as carnes vegetais.

2) RAÍZEN ENERGIA

Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 120,58 bilhões
Principal executivo: Ricardo Dell Aquila Mussa

Principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional, a Raízen surgiu como uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 26 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, com cerca de 7 mil postos de serviço da marca Shell, 65 terminais de distribuição e 65 aeroportos. Os resultados recentes foram beneficiados pela alta dos preços das commodities e da energia. A empresa possui 1 gigawatt de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A Raízen emprega mais de 30 mil funcionários.

3) COSAN

Setor: Agroenergia
Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)
Receita: R$ 68,63 bilhões
Principal executivo: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães

Uma das maiores empresas de agroenergia do país, a Cosan nasceu em 1936, quando os irmãos Pedro Ometto e João Ometto associaram-se ao empresário Mário Dedini para comprar a usina Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro. Atualmente, o grupo Cosan produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana. Também atua na logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação. Em 2012, o grupo adquiriu o controle da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), privatizada pelo governo do estado, ampliando sua atuação na área de energia.

4) MARFRIG GLOBAL FOODS

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2000, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 67,48 bilhões
Principal executivo: Miguel de Souza Gularte (América do Sul)

Segunda maior empresa de Alimentos e Bebidas do mundo, a Marfrig apresentou um crescimento de 38% em suas receitas em 2020 ante 2019 graças aos preços elevados e à apreciação do dólar. Esse aumento do faturamento permitiu à companhia avançar uma posição no ranking Forbes. Mais de 70% da receita veio das operações na América do Norte. A Marfrig possui capacidade de abater 31,2 mil bovinos e 6.500 ovinos por dia. Ela tem 28 unidades operacionais da América do Sul, no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai, e oito unidades nos Estados Unidos.

5) CARGILL

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA). No Brasil desde 1965
Receita: R$ 67,16 bilhões
Principal executivo: Paulo Sousa

A Cargill é um caso raro: foi fundada há 156 anos nos Estados Unidos, é uma empresa gigantesca de capital fechado e seu controle permanece com a família fundadora. Também é a maior empresa de capital originalmente não brasileiro desta lista. A companhia divulgou uma receita global recorde de US$ 134,4 bilhões em receitas no ano fiscal de 2020 (junho a maio), um crescimento de 17% em relação a 2019. A empresa surgiu a partir de um armazém para grãos e posteriormente expandiu suas atividades para outras commodities.

Atualmente, a Cargill atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965 e empregando cerca de 11 mil funcionários, é uma das maiores indústrias de alimentos do país. É proprietária de marcas tradicionais do mercado de consumo, como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.

A balança comercial do agronegócio fechou 2021 com superávit de US$ 105,01 bilhões, 19,8% superior ao verificado em 2020 (tabela 1).1 Os demais setores da economia terminaram 2021 com déficit de US$ 43,8 bilhões, US$ 6,6 bilhões maior se comparado com o ano anterior.

O resultado do agronegócio foi consequência do recorde histórico nas exportações – US$ 120,5 bilhões nos últimos doze meses (gráfico 1), o que representa crescimento de 19,7% diante de 2020 e de 19,1% diante de 2018, antigo recorde brasileiro. O bom desempenho do setor em valor foi impulsionado sobretudo pela recuperação dos preços internacionais dos principais produtos exportados pelo Brasil.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM