O metano convertido em biogás fornece energia para quatro fábricas da Friboi localizadas em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo
A JBS está implementando uma estratégia inovadora para gerar energia elétrica de forma mais sustentável em suas operações industriais. Com um investimento de R$ 17 milhões, a empresa começou a utilizar o metano capturado de suas instalações como combustível, convertendo-o em biogás. Esse biogás alimenta geradores que abastecem quatro unidades da Friboi, promovendo uma maior eficiência energética e gerando economia operacional.
Desde 2023, a JBS já conseguiu produzir cerca de 50 milhões de metros cúbicos de biogás, o que resultou na redução de 263,70 mil toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e), quantidade que equivale à retirada de 105,5 mil carros das ruas durante um ano. As fábricas de Ituiutaba (MG) e Andradina (SP) já operam com geradores movidos a biogás, gerando 1.179.017 kWh e 874.000 kWh de energia, respectivamente. Esse volume de energia gerada representa uma economia aproximada de R$ 1 milhão, com o suficiente para abastecer 12 mil residências durante um mês.
Nos próximos meses, outras unidades da Friboi, em Barra do Garças (MT) e Mozarlândia (GO), serão equipadas com geradores a biogás, o que poderá gerar mais 1,1 milhão de kWh, suficiente para atender a 6 mil residências. Até o meio de 2025, a JBS planeja ter 18 geradores em operação, fruto de um investimento contínuo da empresa e de seus parceiros para implementar essa tecnologia.
Esse avanço foi viabilizado por um investimento iniciado em 2021, quando a Friboi passou a utilizar biodigestores em nove plantas frigoríficas para capturar o metano gerado em suas operações e transformá-lo em biogás. O projeto faz parte do compromisso da JBS com a sustentabilidade, refletindo a busca por soluções que aliem benefícios econômicos e ambientais. Segundo Liège Vergili Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, o uso de biogás também reduz a dependência da rede elétrica e minimiza os riscos causados pela volatilidade dos preços de energia.
O projeto de biodigestores, que envolve as nove unidades, teve um custo total de R$ 77 milhões, sendo que R$ 55 milhões foram investidos pela JBS, R$ 4 milhões pela Âmbar Energia (empresa do grupo J&F Investimentos) e R$ 18,4 milhões de outros parceiros. Os recursos foram principalmente direcionados aos geradores, que contam com tecnologias avançadas de monitoramento e controle, permitindo maximizar a geração de energia e a redução de custos.
O biogás, uma alternativa energética promissora, está alinhado com os conceitos da economia circular. Além de gerar energia elétrica e vapor, a JBS também está avaliando o uso do biogás como combustível para sua frota, com o objetivo de reduzir o consumo de diesel e as emissões de gases de efeito estufa (GEEs). A comercialização de biogás ou de energia elétrica excedente, para distribuidoras de gás ou outras indústrias, é uma das oportunidades que a empresa pretende explorar no futuro.
Com esses avanços, a JBS demonstra como o biogás pode se tornar uma solução estratégica para um futuro mais sustentável, não só em termos de produção de energia, mas também na transição para uma frota de transporte menos dependente de combustíveis fósseis. “Este é apenas o começo de um movimento estratégico. Estamos confiantes de que os resultados serão extremamente positivos”, conclui Liège.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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