
As dívidas do Grupo Soberano alcançam o valor de R$ 180 milhões; o grupo é responsável pela geração de dezenas de empregos e pela movimentação da economia regional.
A Justiça do Tocantins deferiu o pedido de recuperação judicial do Grupo Soberano, conglomerado agrícola com atuação nos municípios de Rio Sono, Novo Acordo e Aparecida do Rio Negro, que acumula dívidas estimadas em R$ 180 milhões.
A decisão foi proferida pela 1ª Vara Cível da Comarca de Novo Acordo, garantindo a suspensão das execuções e medidas de cobrança por 180 dias, período em que o grupo tentará reorganizar suas finanças e manter as operações rurais.
O pedido foi apresentado por sete produtores rurais e pela empresa Brazil Original Minerais Ltda., que alegam dificuldades financeiras causadas por altos custos de produção, oscilações do mercado e crises climáticas nos últimos anos.
Com o deferimento, ficam suspensas por 180 dias todas as ações de execução e medidas de constrição contra os devedores, além da autorização para a consolidação das dívidas do grupo em um único processo.
A decisão tem como objetivo evitar a interrupção das atividades agrícolas, preservar empregos e permitir que o grupo apresente, no prazo de até 60 dias, um plano de recuperação judicial para análise dos credores.
Grupo movimenta a economia regional
Com áreas cultivadas em milhares de hectares e produção de soja, milho, sorgo e gergelim, o Grupo Soberano é responsável pela geração de dezenas de empregos diretos e pela movimentação da economia regional. A dívida, hoje estimada em cerca de R$ 180 milhões, colocou em risco a continuidade das operações, levando os produtores a buscarem a proteção judicial para renegociar os débitos.
O advogado Antônio Frange Júnior, do escritório Frange Advogados, responsável pela condução jurídica do caso, destacou a importância da decisão para o futuro do agronegócio local.
“Essa decisão é fundamental para que o Grupo Soberano tenha condições de reestruturar suas dívidas e manter a produção agrícola ativa. A recuperação judicial é um instrumento de preservação da atividade econômica e da função social da empresa, garantindo segurança a credores, funcionários e fornecedores”, afirmou Frange._
Com o deferimento, o grupo terá 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial, que será submetido à votação dos credores em assembleia.
Enquanto isso, o Grupo Soberano permanece protegido contra cobranças judiciais e extrajudiciais, podendo continuar suas atividades e buscar acordos para superar a crise financeira.
Confira a documento com a decisão da justiça.
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