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Laticínio confirma abertura de nova unidade

A fábrica, que recebeu investimentos de R$ 110 milhões, vai produzir leite condensado, numa primeira fase.

A Tirol Alimentos, um dos maiores laticínios do país, colocará em operação de forma definitiva, neste mês, a sua terceira unidade, em Pinhalzinho, na região oeste de Santa Catarina.

Segundo o diretor comercial, Edson Martins, a unidade tem capacidade de produção de 10 milhões de caixinhas de leite condensado por mês. Num segundo momento, a partir de 2019, a planta irá produzir também doce de leite. Além disso, o projeto – que prevê um investimento total de R$ 200 milhões – contempla a produção de leite em pó a partir do fim de 2020, para atender o mercado do Nordeste e também a exportação.

Pinhalzinho é a terceira planta da Tirol em Santa Catarina – uma fica em Treze Tilhas, sede da empresa, e a outra em Chapecó. A construção da nova fábrica foi iniciada em meados de 2016, e até o mês passado a unidade estava finalizando testes das linhas de produção. Segundo a empresa, foram investidos “basicamente recursos próprios” até agora.

Nesta primeira etapa, a fábrica está recebendo 300 mil a 400 litros de leite por dia para a processamento, número que deve alcançar 1,5 milhão de litros diários quando a terceira fase de implantação estiver concluída, segundo Martins.

Além de suas unidades próprias – onde produz leite longa vida, iogurte, queijo, manteiga, achocolatados, requeijão e outros – a Tirol terceiriza a produção em laticínios localizados no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e em Goiás. Nessas terceirizadas, há fabricação de leites longa vida e condensado.

A empresa é uma das maiores de leite longa vida do país e, atualmente, o produto responde por 45% de seu faturamento, segundo Martins. Mas itens de maior valor agregado têm ganhado peso na receita, afirma. Assim como outras empresas de leite longa vida, a Tirol também teve sua rentabilidade afetada no último ano por causa da forte queda dos preços do produto no mercado.

“Depois de 16 meses consecutivos de prejuízo, o mercado de leite longa vida teve sobrevida em março”, diz o diretor. O fôlego, porém, durou pouco e em abril “ficou ruim de novo”.

Segundo ele, em março, foi possível atingir margem positiva de 8 centavos de real por litro de leite, mas em abril houve prejuízo de 4 a 5 centavos de real por litro. O cenário ainda reflete a instabilidade no comportamento do consumo, como observou em entrevista ao Valor, Laércio Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV).

E a demanda patina num momento em que o preço do leite ao produtor sobe. Segundo Martins, em meados de abril, a matéria-prima estava na casa dos R$ 1,20 a R$ 1,25 por litro na indústria ante R$ 1,06 a R$ 1,07 no começo do ano. A alta se deve à entressafra da produção de leite no Sul do país.

Com informações do Valor.

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