Leite: Embrapa analisa a disparada dos preços

Com mais pessoas em home office a demanda foi maior, inclusive dos lácteos usados para preparos culinários como creme de leite, requeijão e leite condensado.

O leite segue em valorização crescente. Segundo o boletim semanal do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite (CIleite) o leite e os derivados tiveram consumo aquecido nos últimos meses impulsionados pelo coronavírus. Com mais pessoas em home office a demanda foi maior, inclusive dos lácteos usados para preparos culinários como creme de leite, requeijão e leite condensado.

Com isso os preços dispararam. O leite UHT teve aumento de 49% em relação a fevereiro de 2020 e 1% sobre a última semana, ultrapassando a barreira de R$ 3,50 o litro para o consumidor. O leite em pó cresceu 36% também em relação a fevereiro, antes da pandemia. A muçarela valorizou 61% e o leite no spot 74%, com avanço de 8% na última semana.

O produtor está feliz mas ao mesmo tempo preocupado porque com o cenário o preço dos insumos também subiu. Em relação a fevereiro o milho está 18% mais caro (cerca de R$ 63 a saca de 60 kg em Campinas-SP) e o farelo de soja 44% (R$ 2, 100 a tonelada, no Paraná).

A oferta de leite continua limitada, com baixo volume de produção doméstica, sustentando os preços mais elevados. Assim, os Conseleites indicaram nova alta ao produtor para setembro, variando de 3,2% em Minas Gerais até 8,7% em Santa Catarina. 

Com informações do Agrolink.

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