Novas informações e retorno das atividades na câmara, apontam que a CPI deve convocar o líder do MST em Goiás acusado de tortura e invasão de violenta de fazenda. Deputado Luciano Zucco afirma que governo Lula “debocha do agronegócio brasileiro” ao nomear condenado por invasão para cuidar da reforma agrária.
Em agosto, a CPI do MST deve convocar o petista José Valdir Misnerovicz, líder do MST e coordenador do Ministério da Reforma Agrária em Goiás, para prestar depoimento ao colegiado. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 21, pelo presidente da CPI do MST, deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), informou que vai cobrar do governo Lula o afastamento de José Misnerovics do cargo de coordenador do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Goiás. O deputado afirmou que vai pedir a convocação de Valdir para depor na CPI.
De janeiro a maio de 2023, primeiros meses do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram registradas 56 invasões em terras públicas ou privadas no Brasil. O número é muito próximo ao total de invasões registradas nos quatro anos do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando foram registradas 62.
Designação para o cargo no Governo
Conforme apontou matéria da Veja, o Ministério do Desenvolvimento Agrário tem um coordenador em cada um dos estados. É uma espécie de embaixador, alguém encarregado de supervisionar alguns dos principais programas da Pasta, da assistência técnica ao financiamento de famílias assentadas dos projetos oficiais de reforma agrária — um cargo estratégico que exige de seu ocupante determinadas habilidades. Em Goiás, o governo escolheu para o posto o petista José Valdir Misnerovicz. A indicação foi mal recebida pelos produtores rurais.
Ainda segundo a reportagem da revista, homem conhecido como “Valdir do MST”, Misnerovicz liderou violentas invasões de fazendas na região. Ele foi condenado por organização criminosa e esbulho possessório, recorreu, mas não conseguiu se livrar desta segunda após. Em 2016, Misnerovicz ficou preso por cinco meses. O petista foi acusado de agredir e torturar funcionários de uma fazenda na cidade de Santa Helena de Goiás.
De acordo com depoimentos prestados na época, ele liderou um grupo do MST que invadiu uma propriedade, ordenou que os donos abandonassem as terras, confiscassem máquinas e erguessem uma barricada de pneus ameaçando atear fogo na sede.
Governo coloca a “raposa para cuidar do galinheiro”
O parlamentar criticou o presidente da República pela nomeação no MDA. “O governo Lula precisa analisar o currículo e a ficha criminal das pessoas que estão sendo indicadas para cargos estratégicos na administração pública federal. O governo debocha e desrespeita o agronegócio brasileiro”, disse Zucco, por intermédio de sua assessoria.
“Um condenado por esbulho possessório comandando os rumores da reforma agrária no Estado de Goiás é como aquela história de colocar a raposa para cuidar do galinheiro”, disse Zucco, por intermédio de sua assessoria.

Acusações contra Misnerovicz, líder do MST
Durante o ataque, em 2016, um dos funcionários foi derrubado da cabine de um trator e ameaçado com um facão. “Nós vamos picar o Toninho”, repetiam os invasores, enquanto empurravam o rapaz de um lado para o outro, esfregando a lâmina da arma em seu rosto. Toninho era o dono da fazenda. Um segundo funcionário ainda relatou que os sem-terra dispararam cinco tiros contra ele, antes de obrigá-lo a sair correndo do local.
“Um condenado por esbulho possessório comandando os rumos da Reforma Agrária no Estado do Goiás é como aquela história de colocar a raposa para cuidar do galinheiro”, disse Zucco em nota enviada à imprensa. “Não nos resta outro caminho senão convocar este senhor para depor na CPI já no início de agosto e cobrar seu imediato afastamento do cargo.”
Quando esse episódio aconteceu, os métodos de Misnerovicz já eram conhecidos — e temidos — na região havia algum tempo. Em 2001, o líder foi acusado pelos próprios sem-terra de agir com extrema violência. Coordenador financeiro do MST, Joviniano José Rodrigues procurou a Polícia Federal e contou que se recusou a cumprir uma ordem de Misnerovicz para invadir uma fazenda e confiscar catorze novilhas.
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Como conhecia um dos funcionários, disse que não participaria do ataque. A retaliação não tardou. A casa dele foi derrubada a machadadas, a esposa agredida e a filha, de 1 ano, sequestrada. “Mais de 200 pessoas cercaram e destruíram meu barraco, quebraram tudo que tinha lá dentro”, conta Joviniano, que foi expulso do assentamento de Palmeiras de Goiás, o mesmo em que Valdir Misnerovicz morava junto com mais 400 famílias.
Depois da invasão da fazenda em Santa Helena, em 2016, Valdir Misnerovicz foi indiciado pelos crimes de ameaça, usurpação, constrangimento ilegal, sequestro, cárcere privado e organização criminosa. Em 2018, foi condenado a seis anos de prisão por organização e esbulho, recorreu, conseguiu a anulação do primeiro crime e aguarda uma decisão sobre o segundo. A VEJA, o líder sem-terra rebateu as acusações e afirmou que foi usado como instrumento contra o MST.
As informações são adaptadas das reportagens da Veja
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