
Segundo ele, esse cenário só será caracterizado caso o governo brasileiro decida responder à medida tomada por Donald Trump.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (21) que, apesar do anúncio de uma tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, ainda não considera a situação como uma guerra tarifária. Segundo ele, esse cenário só será caracterizado caso o governo brasileiro decida responder à medida tomada por Donald Trump.
“Nós não estamos em uma guerra tarifária. A guerra tarifária vai começar na hora que eu der a resposta ao Trump, se não mudar de opinião. Porque as condições que o Trump impôs não foram condições adequadas”, pontuou.
Mesmo assim, Lula disse estar “relativamente tranquilo”, já que o Ministério das Relações Exteriores e o vice-presidente Geraldo Alckmin estão conduzindo as negociações com os EUA.
Lula também sugeriu que empresários brasileiros dialoguem com os norte-americanos, já que as tarifas também impactarão o setor privado dos dois países.
As declarações foram feitas após uma reunião com os presidentes do Chile, Gabriel Boric; do Uruguai, Yamandú Orsi; da Colômbia, Gustavo Petro; e com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, no Chile.
O presidente afirmou que não discutiu o aumento tarifário com os líderes presentes, classificando a questão como “um problema do Brasil”. Mais cedo, em pronunciamento à imprensa, Lula criticou o intervencionismo, embora não tenha mencionado diretamente a decisão de Trump.
“Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos”, declarou.
Nesta segunda-feira (21/7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a pasta está analisando diferentes cenários para lidar com a possível imposição da tarifa. No entanto, segundo ele, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é clara: o Brasil deve permanecer nas negociações e não abandonar o diálogo.
“Estamos preparando alternativas para apresentar ao presidente, mas punir empresas ou cidadãos americanos não está em discussão. Todo e qualquer cidadão americano será tratado com dignidade, e empresas, às vezes com relação centenária com o Brasil, serão tratadas com o mesmo respeito”, afirmou Haddad, em entrevista à rádio CBN.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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