Lula: “Já tô comendo picanha com cerveja”

Lula discursa no interior de São Paulo e diz que preço começou a cair: “Já tô comendo picanha com cerveja”; presidente também citou a Agricultura familiar

A picanha, usada na campanha presidencial, está em evidência novamente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (26/4) que o preço dos alimentos começou a cair, e já é possível comer “picanha com cerveja”. A declaração foi dada durante a visita à sede da Embraer, em São José dos Campos (SP).

Lula ainda disse que havia “muita gente zangada” em razão da alta nos preços de alimentos básicos, como arroz e feijão. “A gente deu uma vacilada porque deveria ter importado o arroz mais barato da Venezuela, mas a gente ficou na expectativa de que, quando começasse a colheita do arroz, ia baratear”, explicou o presidente.

Em seguida, o petista disse: “Começou a baixar? Começou a baixar. Eu já estou comendo picanha com cerveja. Obviamente, quem não come picanha pode comer uma verdura saudável, plantada pela agricultura familiar”, completou.

No início da semana ele havia afirmado que não tinha esquecido do preço “da cervejinha e picanha“, uma de suas promessas de campanha. “Pensa que esqueci da cervejinha e da picanha? Não esqueci. Preço da carne já abaixou mas tem que baixar mais, muito mais. Ou abaixa preço da comida ou sobe salario do povo”, completou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta sexta-feira o hangar da fábrica da Embraer, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde acompanhou a entrega de um jato comercial modelo 195-E2, produzido pela companhia, para a Azul Linhas Aéreas.

Estamos investindo cerca de R$ 2 bilhões neste ano, e gerando mais de 900 empregos diretos em nossas fábricas no Brasil“, anunciou o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto. 

Lula durante visita na Embraer para entrega de avioes a Azul
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula não inclui carne na cesta básica isenta de tributos

A proposta de cesta básica isenta de tributos encaminhada ao Congresso pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não prevê a inclusão de carnes e sal. Uma das propostas de campanha de Lula era que “nós vamos voltar a comer picanha”. O texto, que regulamenta a reforma tributária, foi proposto pelo Ministério da Fazenda e encaminhado à Câmara, que poderá incluir ou retirar itens da cesta básica nacional.

As carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves deverão ter alíquotas reduzidas em 60% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Alguns tipos de peixes também terão redução de alíquotas. Mas tipos mais nobres, como salmão, atum, bacalau, lagostas e moluscos terão devem ter taxação de 100% do IBS e CBS.

Os produtos que, pela proposta do governo, terão alíquota zero de imposto são: arroz, leites, manteiga, margarina, feijão, Raízes e tubérculos, cocos, café, óleo de soja, farinha de mandioca, farinha de flocos de milho, farinha de trigo, açúcar, massas e pães.

“Primeiro, já está tendo, na média do Brasil, uma redução da tributação sobre a carne. Queria deixar isso muito claro, já existe em relação à situação atual. Segundo, se você colocasse todas as carnes [proteínas animais] dentro da alíquota zero, teria 0,6 ponto percentual a mais na alíquota de referência”, explicou Appy em coletiva à imprensa para detalhar o projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo, enviado na quarta-feira (24/4) ao Congresso Nacional.

Um regime diferenciado para alguns produtos da cesta básica foi estabelecido na emenda constitucional que estabeleceu a reforma tributária. O texto, agora, traz os detalhes do que já foi aprovado. Em março, congressistas do grupo de trabalho da reforma tributária tinham apresentado uma lista com sugestões maiores do que o governo Lula propôs, como todas as proteínas animais.

Há 6 categorias selecionadas para ter a incidência do Imposto Seletivo, também conhecido como “imposto do pecado”:

  • veículos;
  • embarcações e aviões;
  • produtos fumígenos (cigarros);
  • bebidas alcoólicas;
  • bebidas açucaradas;
  • bens minerais extraídos.

A “briga do álcool” movimentou Brasília nas últimas semanas, com campanha dos fabricantes de bebidas por um tratamento menos duro na aplicação do novo Imposto Seletivo, o “imposto do pecado”, que afetará produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

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