
A Brazil Potash, empresa com sede no Canadá, anunciou nesta terça-feira, 25, que sua subsidiária Potássio do Brasil, recebeu autorização para avançar em projeto que é estimado em US$ 2,5 bilhões de investimentos
A Brazil Potash, empresa com sede no Canadá, deu um passo importante em seu ambicioso projeto para construir a maior mina de potássio do Brasil. Na terça-feira, 25, a subsidiária Potássio do Brasil obteve aprovação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para iniciar as atividades de resgate de fauna e supressão de vegetação na área do Projeto Autazes, localizado na região amazônica. A permissão é crucial para a escavação de dois poços profundos, que permitirão o acesso à mina subterrânea de potássio.
A autorização se soma a outras iniciativas necessárias para garantir o progresso do projeto, que representa um investimento de US$ 2,5 bilhões. O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, destacou que o contratante responsável pelos serviços ambientais já foi selecionado e que o desenvolvimento está sendo realizado com o devido respeito ao patrimônio cultural da região amazônica. Estudos prévios, que obtiveram a aprovação do Ipaam e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foram conduzidos para garantir a preservação do ambiente.
Projeto no Amazonas promete reduzir dependência do Brasil na importação de fertilizantes e fortalecer a segurança alimentar global
O projeto de Autazes é uma iniciativa de grande impacto, liderada pelo empresário indiano-canadense Stan Bharti, por meio de sua empresa Brazil Potash. A mina está sendo construída em uma localização estratégica, a poucos quilômetros da selva amazônica, em Autazes, no Amazonas.
Com isso, o Brasil visa diminuir sua dependência da importação de potássio, um insumo essencial para a agricultura e para a produção de fertilizantes, que atualmente representa 97% das importações brasileiras.
Impacto e Perspectivas do Projeto
Quando estiver em plena operação, a mina de potássio de Autazes terá uma capacidade de produção de 2,4 milhões de toneladas anuais de potássio até 2028, cobrindo cerca de 20% da demanda nacional. Com a expansão prevista para a segunda fase do projeto, a produção deve alcançar 5 milhões de toneladas anuais até 2032, atendendo 40% da demanda do Brasil. Esse aumento na produção nacional reduziria significativamente a vulnerabilidade do país a flutuações nos preços internacionais de fertilizantes.
Outro ponto crucial do projeto é a redução dos custos logísticos. A empresa estima que o transporte local de potássio custará apenas US$ 50 por tonelada, significativamente inferior ao custo de transporte internacional, que gira em torno de US$ 200 por tonelada. Essa vantagem logística se torna possível por meio de um acordo com a Amaggi, que se encarregará de transportar 550 mil toneladas de potássio por ano, utilizando um sistema de balsas.
Desafios e Oportunidades
Embora o projeto apresente um grande potencial estratégico para o Brasil e o agronegócio, também há desafios a serem enfrentados. A execução e o financiamento do projeto precisam ser cumpridos dentro do cronograma estipulado. Bharti, que também possui outros projetos no Brasil, afirmou que o sucesso do projeto está condicionado à sua capacidade de execução e à garantia dos recursos necessários.
Além disso, a recuperação dos preços do potássio, que oscilaram entre US$ 200 e US$ 1.100 por tonelada nos últimos anos, é uma expectativa importante. O banco de investimentos Roth prevê que os preços do potássio se estabilizem, com uma recuperação impulsionada pela redução da oferta global e um crescimento da demanda de 5% ao ano.
Com a maior mina de potássio do Brasil em operação, o país não apenas fortalecerá sua segurança agrícola, mas também reduzirá sua dependência externa em fertilizantes, o que é um passo significativo para garantir sua posição de liderança no agronegócio global.
Com o apoio de um investimento robusto, uma logística eficiente e uma demanda crescente, a Brazil Potash está moldando o futuro do potássio no Brasil, em um movimento que promete transformar a indústria de fertilizantes no país.
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