Maior produtor de carne bovina do Brasil produz 715.000 toneladas

Mato Grosso continua como maior produtor de carne bovina do país, atingindo recorde no volume produzido no 1º semestre/23, com uma produção superior a 715 mil toneladas, valor 13,78 vezes maior que a população do estado.

Mato Grosso, que ostenta o título de detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil com 34,4 milhões de cabeças, não só desempenha um papel vital na economia brasileira, mas também tem um impacto significativo na segurança alimentar global, com destaque para a carne bovina. Este estado, por si só, é responsável por alimentar aproximadamente 20 milhões de pessoas anualmente, tanto no Brasil quanto no exterior.

Em 2023, uma série de fatores convergiu para consolidar sua posição como líder na produção de carne bovina. Um deles foi a inversão do ciclo pecuário, que gerou o aumento no envio de bovinos para abate, e teve impacto significativo na pro dução de carne. Desse modo, no 1º semestre/23, MT produziu 715,31 mil toneladas de carne bovina – maior volume para o período, continuando na liderança como maior estado brasileiro produtorde carne.

Considerando o consumo médio de 14,19 kg/hab/semestre em MT, estimado pelo Imea, seriam necessárias 51,92 mil toneladas de carne bovina para alimentar os 3,65 milhões de habitantes do estado.

Por fim, de acordo com os dados do IBGE, o volume de carne produzido por Mato Grosso no 1º semestre/23 poderia suprir 13,78 vezes a demanda da população matogrossense no período.

Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os 20 milhões de indivíduos que se beneficiam da carne bovina produzida em Mato Grosso representam cerca de 10% da população total do Brasil. Para colocar esse feito em perspectiva, este número é sete vezes maior que a própria população de Mato Grosso, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é estimada em pouco mais de 3,6 milhões de habitantes.

Preços da arroba no estado

O diferencial de base MT-SP na parcial de out/23 (até 20/10) ficou em -15,49%, alargamento de 1,23 p.p. ante ao mesmo período de set/23, o que representa maior distanciamento entre as praças. Esse movimento foi reflexo do maior aumento no preço pago pela arroba paulista em relação a MT.

Desse modo, na parcial de out/23, a cotação do boi gordo a prazo e livre de impostos em SP ficou na média de R$ 237,69/@, alta de 16,02% ante ao mesmo período de set/23, enquanto a arroba mato-grossense esteve cotada a R$ 200,88/@, acréscimo de 14,36% no mesmo comparativo.

Esse movimento de distanciamento na cotação entre as praças é um “termômetro” que mede os preços em MT, ou seja, grandes alongamentos no diferencial de base MT-SP representam uma arroba matogrossense desvalorizada, e esse movimento tende a permanecer durante a fase de baixa do ciclo pecuário.

O mercado externo

As exportações renderam US$ 3 bilhões à economia local em 2022, segundo a Sedec. Elas chegaram a 83 destinos mundo afora, de acordo com o Ministério da Agricultura. No mercado externo, o maior cliente é a China. Os embarques ao mercado chinês somaram quase US$ 2 bilhões no período — ou seja: por volta de 70% das receitas estaduais com exportações do setor.

“A alta da exportação e o rebanho de grande porte presente em Mato Grosso, economicamente atrai geração de empregos, rendas e outras benfeitorias”, disse César Miranda, responsável pela Sedec. “A carne de Mato Grosso possui certificado e faz parte da economia verde.”

A Sedec estima que as exportações de carne bovina de Mato Grosso cresceram 220% nos últimos dez anos. Pelas estimas do órgão, os embarques devem ter um aumento médio de 11% a cada ano, podendo chegar a marca de US$ 3,7 bilhões. De acordo com as projeções oficiais, o rebanho local deve atingir 36 milhões de cabeças em 2026.

“Esta dinâmica de exportação não fornece apenas uma entrada valiosa de divisões para o país, mas também agrega valor à cadeia produtiva”, destaca Mesquita. Além disso, ele aponta que os benefícios vão além dos lucros imediatos. A demanda externa robusta incentiva o aumento da produção e a melhoria da produtividade no setor. Consequentemente, isso impulsiona o desenvolvimento econômico, criando mais empregos, aumentando as rendas e proporcionando melhores condições de trabalho e de vida para os envolvidos na pecuária.

E Mesquita ressalta: “Esses benefícios não são exclusivos para o setor pecuário, eles reverberam positivamente em toda a sociedade, contribuindo para o bem-estar econômico e social de Mato Grosso e do Brasil como um todo.”

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