Maior sucuri já registrada na história é descoberta na Amazônia; vídeo

Achado na região indígena de Bameno, no Equador, revela a maior sucuri – Eunectes akayima, uma nova espécie de sucuri verde que ultrapassa 200 kg e amplia o conhecimento científico sobre a biodiversidade amazônica.

A Amazônia, com sua vastidão e riqueza biológica praticamente inesgotável, acaba de revelar mais um capítulo extraordinário da vida selvagem: a descoberta da maior sucuri já documentada pela ciência moderna. O achado, feito na remota região de Bameno, território indígena Waorani, no Equador, chamou atenção global e reacendeu a importância da pesquisa científica e da preservação ambiental no bioma que abriga a maior biodiversidade do planeta.

A expedição foi liderada pelo renomado pesquisador Bryan Fry, da Universidade de Queensland, e resultou na identificação formal da Eunectes akayima, apontada como a maior sucuri já observada e uma das cobras mais impressionantes da América do Sul. O registro foi confirmado por equipes internacionais e por instituições como o Instituto Butantan, reforçando a robustez científica da descoberta.

Uma descoberta que quebra recordes e surpreende a ciência

A nova espécie não é apenas mais uma variação da sucuri verde. Ela representa um marco para a herpetologia: ainda que a píton-reticulada siga como a cobra mais longa do mundo, a Eunectes akayima bate recordes de massa corporal, com fêmeas medindo mais de 6 metros e ultrapassando 200 quilos, algo jamais registrado antes para o gênero Eunectes.

Diferentemente das serpentes venenosas, as sucuris se destacam pela capacidade de constrição — e, nesse caso, pela força descomunal. A nova espécie reforça o papel desses animais como predadores de topo na cadeia alimentar amazônica. Sua força e tamanho permitem capturar presas de grande porte, contribuindo profundamente para o equilíbrio ecológico das áreas alagadas e florestais.

Adaptação perfeita ao ambiente amazônico

A descoberta confirma relatos históricos de comunidades indígenas, como os Waorani, que narram a presença de serpentes gigantes há gerações. A combinação entre ciência moderna e saber tradicional fortalece o entendimento sobre como essas serpentes evoluíram e se adaptaram ao ambiente da floresta úmida.

Entre as principais características observadas na nova espécie, os pesquisadores destacam:

  • Camuflagem altamente eficiente em águas turvas e vegetação densa;
  • Capacidade de emboscada silenciosa, usando força muscular para subjugação rápida das presas;
  • Movimentação ágil em áreas alagadas, reforçando o comportamento semi-aquático típico das sucuris;
  • Discrição e locomoção furtiva, essenciais para a sobrevivência em regiões onde grandes predadores competem por espaço e alimento.

Essas adaptações comprovam por que a espécie permaneceu desconhecida por tanto tempo, mesmo habitando territórios relativamente próximos a populações humanas.

Uma descoberta que muda a compreensão da biodiversidade amazônica

O levantamento genético realizado em parceria com pesquisadores de países como Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Trinidad mostrou que a Eunectes akayima está distribuída por diversas regiões do norte da América do Sul. Essa dispersão reforça a necessidade de aprofundar estudos sobre a fauna amazônica que ainda permanece parcialmente inexplorada.

Instituições como o Instituto Butantan já confirmaram a classificação da espécie, demonstrando a solidez da descoberta e sua relevância global. Para a comunidade científica, cada nova espécie identificada na Amazônia é um lembrete claro: o bioma ainda guarda mistérios capazes de transformar o conhecimento biológico mundial.

A importância da preservação diante de um bioma ainda desconhecido

Mesmo com avanços tecnológicos e métodos modernos de monitoramento, a Amazônia segue como uma fronteira de descobertas. A identificação da maior sucuri já registrada reforça que a floresta esconde espécies, comportamentos e ecossistemas inteiros esperando para serem estudados.

A preservação é essencial não apenas para evitar a extinção de espécies desconhecidas, mas também para garantir que futuras gerações possam continuar revelando novos elementos da vida selvagem.

A Eunectes akayima é mais do que um recorde — é um símbolo do quão pouco ainda sabemos sobre a maior floresta tropical do planeta.

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