
Medida diz respeito a produtos fabricados no período de outubro de 2019 até esta segunda-feira, 13; Empresa é suspeita de envolvimento em caso de saúde pública.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intimou a Cervejaria Backer a recolher do mercado, além da cerveja Belorizontina, todos os produtos fabricados no período de outubro de 2019 até a presente data. A medida é para preservar a saúde dos consumidores.
As análises exploratórias, realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária nas amostras dos produtos Belorizontina e Capixaba, confirmaram a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol. Até o momento, três amostras foram analisadas. Esses produtos já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização do Mapa.
O Mapa já havia realizado o fechamento cautelar da unidade Três Lobos, da Cervejaria Backer, localizada em Belo Horizonte (MG), bem como a apreensão de 139 mil litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope. Também foram lacrados tanques e demais equipamentos de produção.
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O Mapa afirma que segue atuando nas investigações e tomando medidas para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas pelas moléculas dietilenoglicol e monoetilenoglicol. O ministério faz parte da força-tarefa de investigação das possíveis causas desta contaminação.

O que aconteceu?
A Polícia Civil investiga a presença de dietilenoglicol em cervejas da marca Belorizontina, produzidas pela Backer, empresa de Belo Horizonte. A substância teria provocado uma síndrome nefroneural que afetou 17 pessoas em Minas Gerais. O caso vem mobilizando as autoridades de saúde desde o início de janeiro.
Os sintomas da síndrome podem incluir náusea, vômito e dor abdominal, evoluindo rapidamente para insuficiência renal e alterações neurológicas. Quatro casos foram confirmados, entre os quais um paciente que morreu em Juiz de Fora. Outros 13 estão sob investigação para saber se há contaminação por dietilenoglicol. Os casos são em Belo Horizonte, em São Lourenço e em Viçosa.
O que diz a Cervejaria Backer
Em nota, a cervejaria Backer informou que entrou na Justiça contra o recall de todos os rótulos e a suspensão das vendas. A Backer reiterou que não faz uso do dietilenoglicol e em seu processo produtivo, mas o monoetilenoglicol.
A Backer afirmou ainda que o episódio apurado pelas autoridades limita-se ao lote da “Belorizontina”, não tendo qualquer relação com os demais rótulos, que possuem processos autônomos de produção.