Máquinas agrícolas ficam de fora da nova isenção do tarifaço dos EUA

A medida, que aliviou as tarifas extras sobre uma série de produtos brasileiros, deixou de fora os equipamentos agrícolas.

A decisão dos Estados Unidos de liberar uma nova rodada de isenções sobre tarifas aplicadas a produtos brasileiros trouxe alívio para diversos segmentos da economia, mas deixou uma lacuna importante: o setor de máquinas agrícolas. Apesar de mais de sessenta itens terem sido contemplados pela medida anunciada pelo governo americano, os equipamentos agrícolas ficaram de fora, gerando frustração entre representantes da indústria.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) vinha manifestando expectativas de que o setor fosse incluído na flexibilização, especialmente durante as negociações bilaterais que ocorreram nas últimas semanas. Segundo a entidade, a manutenção da tarifa adicional de 40%, somada à tarifa mínima já existente, torna o produto brasileiro significativamente menos competitivo nos Estados Unidos, um dos mercados mais relevantes para o segmento.

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A ausência de isenção impacta diretamente o desempenho das exportações. Nos últimos meses, empresas do setor já vinham registrando queda nos embarques para o mercado norte-americano, e a projeção é de que, caso as tarifas permaneçam, as vendas possam reduzir ainda mais, chegando perto de níveis irrisórios. Representantes do setor destacam que a situação cria insegurança comercial, dificulta o planejamento para 2025 e pode levar ao adiamento de investimentos por parte das fabricantes.

Apesar do cenário desfavorável no mercado externo, o desempenho interno ainda sustenta parte do faturamento do setor, mas a preocupação com o futuro permanece. Para a indústria, a decisão dos EUA de isentar outros produtos pode ser interpretada como um sinal diplomático positivo, que abre margem para novas negociações envolvendo máquinas agrícolas em rodadas futuras.

Enquanto aguarda avanços na esfera política, o setor trabalha para minimizar perdas, redirecionando parte da produção para outros mercados e buscando alternativas comerciais. Ainda assim, lideranças reforçam que a competitividade internacional das máquinas brasileiras depende de uma solução para o tarifaço aplicado pelos Estados Unidos.

A exclusão das máquinas agrícolas da nova isenção, portanto, reforça o desafio enfrentado pela indústria nacional em um momento de forte pressão externa. O setor agora deposita suas esperanças nas próximas etapas da negociação bilateral, na expectativa de que o tema avance e permita a retomada de competitividade no mercado norte-americano.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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