Marfrig e Minerva mantêm acordo bilionário após veto do Uruguai

O valor total da transação dos frigoríficos é de R$ 7,5 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão já foi pago como sinal. O restante do pagamento está condicionado à aprovação dos órgãos reguladores, que no Uruguai sofreu impedimento

As gigantes brasileiras do setor de carnes Marfrig e Minerva disseram que o órgão regulador antitruste do Uruguai vetou parte de uma venda de ativos no valor de US$ 1,5 bilhão que aumentaria o domínio da Minerva sobre as exportações de carne bovina da América do Sul, conforme informou publicação da Bloomberg Linea.

Relembre que a transação entre Minerva e Marfrig envolvia a aquisição de 16 plantas industriais por parte da Minerva, sendo 11 no Brasil, 3 no Uruguai, 1 na Argentina e 1 no Chile. Este movimento estratégico aumentará significativamente a capacidade de abate da Minerva, que passará de 29.540 para 42.439 cabeças de gado por dia, um incremento de cerca de 44%. Além disso, a capacidade de abate de cordeiros também aumentará com a inclusão de uma planta no Chile, consolidando ainda mais a posição da Minerva no mercado de proteínas​

Apesar da “derrota” no Uruguai, as processadoras de carne planejam seguir em frente com a transação para o restante das unidades, incluindo mais de uma dúzia de abatedouros no Brasil, Argentina e Chile, disseram as duas empresas em declarações separadas na terça-feira (21).

As três unidades no Uruguai que serão removidas do acordo foram avaliadas em R$ 675 milhões. Esse fato relevante, acabou prejudicando o valor dos papéis das empresas na última semana na Bolsa de Valores.

A proposta de acordo sofreu forte oposição dos pecuaristas uruguaios, pois a transação daria à Minerva cerca de 50% da capacidade anual de abate do país e aumentaria a vantagem para negociar os preços do gado.

O valor total da transação é de R$ 7,5 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão já foi pago como sinal. O restante do pagamento está condicionado à aprovação dos órgãos reguladores, sendo financiado por uma linha de crédito de R$ 6 bilhões provida pelo JP Morgan. Agora, o acordo ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores do Brasil, onde está localizada a maioria das unidades restantes em negociação.

A Minerva busca expandir seu domínio sobre as exportações de carne bovina da América do Sul em um momento em que a escassez de oferta de gado nos EUA levou ao aumento da demanda de outras regiões.

A transação, que se tornou pública em agosto de 2023, recebeu reações contrastantes dos investidores da Marfrig e da Minerva.

As ações da Marfrig subiram desde então, com a empresa sendo recompensada por seu foco renovado em alimentos processados mais lucrativos. Enquanto isso, as ações da Minerva caíram em meio a preocupações de que a empresa estava pagando uma valor excessivo pelos abatedouros.

A Minerva conta com o fundo estatal da Arábia Saudita, Saudi Agricultural and Livestock Investment Co., como seu maior acionista.

Esta aquisição permite à Minerva capturar sinergias operacionais, expandir sua distribuição e melhorar o acesso a mercados internacionais. Por outro lado, a Marfrig se focará em produtos de maior valor agregado, como hambúrgueres e processados, o que alinha com sua estratégia de manter operações com margens mais altas​.

A transação ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o que é uma etapa crucial para a concretização do negócio, conforme supracitado.

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