
Estado brasileiro supera nações inteiras na produção de soja e se consolida como potência do agronegócio mundial.
O Mato Grosso, maior estado produtor de grãos do Brasil, alcançou uma marca impressionante: se fosse um país independente, ocuparia o 4º lugar no ranking mundial de produção de soja. Com uma extensão territorial de aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados, equivalente à soma dos territórios da Alemanha e da França, o estado se consolidou como referência no agronegócio global.
Na safra 2022/2023, Mato Grosso produziu 45,3 milhões de toneladas de soja, um volume superior à produção combinada de países como Ucrânia, Rússia, Canadá, Paraguai, China e Índia. Para a safra 2023/2024, apesar de uma redução projetada para 38,4 milhões de toneladas, devido a condições climáticas adversas, o estado mantém sua posição de protagonismo.
O Mato Grosso está próximo de ultrapassar a Argentina, que atualmente ocupa o 3º lugar mundial na produção de soja, com uma colheita de aproximadamente 50 milhões de toneladas. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2024/2025 projeta um novo recorde histórico para o Brasil, com 328,3 milhões de toneladas de grãos, um crescimento de 10,3% em relação ao ciclo anterior.
Nos últimos 60 anos, o Mato Grosso passou por uma transformação sem precedentes. O que antes era considerado uma fronteira agrícola inexplorada tornou-se um dos maiores polos agropecuários do mundo. Hoje, além de liderar a produção de soja, o estado se destaca na produção de milho, algodão, carne e etanol de milho.
Mesmo com esse crescimento exponencial na produção de soja, Mato Grosso mantém 62% de sua vegetação nativa preservada, graças às boas práticas sustentáveis adotadas pelos produtores. Entre as técnicas utilizadas estão o plantio direto, rotação de culturas, uso de biológicos, drones, inteligência artificial e big data para o monitoramento e gestão das lavouras.
O potencial hídrico do estado também é um diferencial. Além de fornecer energia para usinas hidrelétricas, a abundância de água permite a ampliação da irrigacão e a possibilidade de uma terceira safra, com destaque para culturas como o feijão.
A história do Mato Grosso está intrinsecamente ligada ao espírito pioneiro de brasileiros que desbravaram a região nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Muitos agricultores do Sul e Sudeste do Brasil migraram para o Centro-Oeste impulsionados por incentivos governamentais e pela perspectiva de terras férteis.
No início, a realidade era dura: estradas precárias, isolamento, doenças tropicais e falta de infraestrutura. Famílias inteiras viveram sob barracas de lona preta, superando desafios diários para transformar o solo bruto em terras produtivas.
Entre os grandes desbravadores, nomes como Ariosto da Riva, fundador de Alta Floresta, Énio Pepino, que originou Sinop, e José Aparecido Ribeiro, que estabeleceu Nova Mutum, foram fundamentais para o desenvolvimento do estado. Em Porto dos Gaúchos, reza a lenda que o local serviu como esconderijo para judeus fugitivos, sendo por muitos anos a única cidade do norte mato-grossense.
Com investimentos contínuos em tecnologia, infraestrutura e sustentabilidade, Mato Grosso se posiciona para consolidar ainda mais seu papel como líder mundial na produção de alimentos. O estado não apenas alimenta o Brasil, mas também desempenha um papel crucial na segurança alimentar global.
A previsão é que nos próximos anos o estado continue a ampliar sua produção e a evoluir no desenvolvimento de soluções agrícolas sustentáveis, consolidando sua posição de potência do agronegócio mundial.
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