Mato Grosso terá redução de 21,17% no volume de animais confinados

De acordo com os dados, 22,61% dos pecuaristas optaram por não realizar a terminação em confinamento. Isso resultou em uma redução de 21,17% no volume total de cabeças confinadas em relação ao mesmo período do ano anterior; veja

Em outubro de 2023, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o último acompanhamento do ano sobre as intenções de confinamento entre os pecuaristas do estado. Os resultados revelam um cenário desafiador para a atividade, com importantes mudanças em relação aos levantamentos anteriores.

De acordo com os dados, 22,61% dos pecuaristas optaram por não realizar a terminação em confinamento, representando um aumento significativo de 7,23 pontos percentuais em comparação com o levantamento de julho de 2023. Isso resultou em uma redução de 21,17% no volume total de cabeças confinadas em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 555,18 mil cabeças.

O movimento de menor volume de animais confinados foi impulsionado principalmente pelas quedas nos preços do boi gordo, que estreitaram a margem da atividade em relação aos anos anteriores. Apesar do custo médio da diária confinada ter diminuído em R$ 1,57/cab/dia em comparação com 2022, a preocupação com os preços do boi gordo persiste entre os pecuaristas.

A tabela de intenção de confinamento no estado em 2023 mostra variações nas macroregiões, com algumas apresentando quedas expressivas no número de cabeças confinadas. As regiões Sudeste e Centro-Sul continuam liderando em termos de rebanho confinado, mas todas as regiões apresentaram redução em relação ao ano anterior.

Os entrevistados revelaram que a principal preocupação continua sendo o preço do boi gordo, mencionado por 51,28% dos participantes. A oferta de fêmeas nos preços do boi gordo, que vem reduzindo desde o último ano, afeta a lucratividade da atividade, destacando a importância do planejamento estratégico para lidar com as flutuações do mercado.

O levantamento também evidenciou que, apesar da preocupação com os preços, 44,48% dos pecuaristas aderiram a alguma ferramenta de trava de preços, o maior percentual desde o início do acompanhamento do Imea em 2008. A negociação a termo foi a principal forma utilizada, seguida pela B3.

O setor enfrenta, assim, desafios significativos, e a expectativa é que a concentração de abates ocorra no segundo semestre do ano. O volume total de bovinos confinados em 2023 é 10,22% menor em relação a julho/23 e 21,17% inferior ao registrado em 2022. A oscilação nos preços ao longo do ano refletiu na tomada de decisão dos pecuaristas, que buscam estratégias para mitigar os impactos econômicos.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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