
Líquido considerado raro, o mel de abelhas sem ferrão pode custar até R$ 800 o litro e tem ganhado espaço na meliponicultura brasileira; O Brasil é o 10º maior produtor de mel do mundo, tendo produzido 64,2 milhões de quilos em 2023, segundo dados do IBGE.
A criação de abelhas sem ferrão, conhecida como meliponicultura, está em plena expansão no Brasil. Mais do que uma atividade lucrativa, ela se revela sustentável e adaptável tanto para produtores rurais quanto urbanos. Com um mel valorizado, que pode custar até R$ 800 o litro, essa prática chama atenção pelo potencial de crescimento no mercado e pelos benefícios ambientais que proporciona.
A riqueza das abelhas nativas
O Brasil abriga cerca de 300 espécies de abelhas sem ferrão, representando quase metade das espécies conhecidas no mundo. Dentre elas, destacam-se as espécies Uruçu Amarela, Jataí e Uruçu Capixaba, amplamente criadas em meliponários como o Santa Rosa, localizado em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
As abelhas sem ferrão, além de produzirem mel em menor quantidade, entregam um produto diferenciado: mais líquido, menos doce e com sabores que variam conforme a florada e a espécie. A Uruçu Amarela, por exemplo, rende de 3 a 5 litros de mel por colmeia ao ano.

Diferentemente das abelhas com ferrão, essas espécies produzem mel em pequenos potes e possuem uma natureza mais amistosa. Isso permite que sejam criadas em diversos ambientes, incluindo áreas urbanas, como jardins e até apartamentos.
Alternativa lucrativa e acessível
O custo das colmeias varia conforme a espécie. A Jataí, recomendada para iniciantes, pode ser adquirida por cerca de R$ 200. Já espécies mais raras, como a Uruçu Capixaba, chegam a custar até R$ 1,8 mil, enquanto a Uruçu Boi, com bioma quase extinto, pode alcançar impressionantes R$ 12 mil por colmeia.
Além do mel, as abelhas produzem outros itens valorizados, como pólen, cera e própolis. O papel crucial que desempenham na polinização de culturas agrícolas também as torna indispensáveis. Espécies como a Iraí e a Uruçu Amarela são responsáveis por melhorar a produtividade de morangos e café, respectivamente.
Curiosidades e características únicas
Cuidar de abelhas sem ferrão pode ser tanto um hobby terapêutico quanto uma atividade profissional. Essas abelhas possuem uma estrutura social organizada, onde cada indivíduo desempenha diferentes funções durante sua vida curta, de cerca de 50 dias. Desde babás e engenheiras até campeiras, essas abelhas constroem colmeias que são verdadeiras obras de arte.
Outro ponto fascinante é a comunicação por meio de danças, que permite às abelhas transmitir informações sobre fontes de alimento. Essa habilidade garante que cada geração siga os passos das anteriores com precisão.
Meliponicultura e o mercado brasileiro de mel
O Brasil é o 10º maior produtor de mel do mundo, tendo produzido 64,2 milhões de quilos em 2023, segundo dados do IBGE. Apesar do avanço na produção, o consumo interno ainda é baixo, o que reforça a necessidade de investir em qualidade e inovação.
A meliponicultura, com seu apelo sustentável e rentável, tem conquistado espaço tanto em mercados locais quanto em nichos internacionais. O mel das abelhas sem ferrão, com suas propriedades medicinais e sabor singular, desponta como um produto premium, trazendo oportunidades de diversificação econômica para pequenos e grandes produtores.
Com o suporte de iniciativas como as da Emater-MG, que auxiliam meliponicultores no acesso a crédito e tecnologias, o setor tem tudo para continuar crescendo, preservando espécies nativas e beneficiando o meio ambiente e a economia.
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