A produção brasileira de soja deverá totalizar 162,42 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com aumento de 5,1%.
Com Chicago e dólar perto da estabilidade, o mercado brasileiro de soja deverá apresentar poucos negócios nesta quinta-feira, após a boa movimentação de ontem. De olho no clima, os agentes aguardam os dados de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
O mercado teve uma quarta-feira movimentada. A comercialização já era expressiva logo pela manhã, na abertura dos negócios, quando tanto Chicago, quanto o dólar apresentavam boas altas. Nesses momentos, foram registrados os melhores preços.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 144,00 para R$ 147,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 142,00 para R$ 145,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 153,00 para R$ 155,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço cresceu de R$ 135,00 para R$ 137,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 145,00 para R$ 147,00.
Em Rondonópolis (MT), o valor passou de R$ 127,50 para R$ 128,00. Em Dourados (MS), a cotação foi de R$ 126,00 para R$ 129,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 128,00 para R$ 129,00.
Conab
A produção brasileira de soja deverá totalizar 162,42 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com aumento de 5,1% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,605 milhões de toneladas.
No relatório anterior, a previsão era de safra de 162 milhões de toneladas.
Chicago
* Os contratos com vencimento em janeiro operam com baixa de 0,09%, cotados a US$ 13,64 1/2 por bushel.
* O mercado opera sem um tom definido, oscilando entre os territórios positivo e negativo. Os investidores estão em compasso de espera pelo relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que sai hoje.
* O cenário externo é favorável às cotações, o petróleo sobe em Nova York e as bolsas de valores da Europa têm um bom desempenho. Por outro lado, o dólar acelera frente a outras moedas correntes.
* O USDA deverá reduzir a sua estimativa para a safra norte-americana de soja em 2023/24, no relatório de novembro. Os números serão divulgados na quinta, às 14h. Os estoques finais deverão ser elevados.
* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 221 milhões de bushels em 2023/24. Em outubro, a previsão ficou em 220 milhões de bushels.
* A safra americana deverá ser indicada em 4,098 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,104 bilhões apontados em outubro. No ano passado, a safra ficou em 4,270 bilhões.
* Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas, contra 101,9 milhões indicados em outubro. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 115,6 milhões, o mesmo número do relatório anterior.
Prêmios
* Os preços FOB e os prêmios permaneceram praticamente estabilizados nos portos brasileiros na quarta. A movimentação segue lenta, com os produtores de olho no clima e aguardando maior demanda chinesa.
* Os prêmios de exportação da soja estavam em 10 a 40 sobre Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para novembro. Para fevereiro de 2024, o prêmio era de -70 a -55. Para março de 2024, o prêmio estava em -100 a -80 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
* O preço FOB (flat price) para fevereiro ficou entre US$ 479,10 e US$ 484,60 a tonelada na quarta. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 479,10 e R$ 484,60.
Câmbio
* O dólar comercial opera com alta de 0,02% a R$ 4,9076. O Dollar Index sobe 0,08% a 105,68 pontos.
Indicadores Financeiros
* As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -0,16%; Tóquio, -0,33%
* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,12%; Frankfurt, +0,22%; Londres, +0,06%.
* O petróleo registra cotações mais baixas. O WTI para dezembro recua 0,82%, a US$ 76,73 o barril.
Fonte: Agência Safras
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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