Milho: veja o que esperar dos preços nesta semana

No Brasil, as cotações continuam bastante firmes com negócios limitados e demanda bastante atuante. Alternativas à produção local não são tão viáveis.

Mesmo com o avanço da colheita da segunda safra, o preço do milho se manteve firme no Brasil na última semana. Pretende aproveitar o bom momento para negociar? Antes, confira uma análise do consultor Paulo Molinari, da Safras, sobre fatores que podem mexer com as cotações nesta semana.

Mercado internacional

  • No mercado externo, a Crop Tour do grupo Pro Farmer divulgou safra de milho com retração em relação aos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O órgão projetou 15,3 bilhões de bushels (388,62 milhões de toneladas) e a CropTour, 14,8 bilhões (375,92 milhões de toneladas);
  • O USDA não tem que seguir os dados do Crop Tour e nada define que a atualização dos dados em setembro será semelhante ao indicado pelo setor privado. Contudo, a pesquisa serviu para refletir as perdas de Iowa, entre 350 e 450 milhões de bushels e nada além disso;
  • Naturalmente, se a queda for confirmada pelo USDA trará para a Bolsa de Chicago algum suporte de preços entre US$ 3,10 e US$ 3,45 por bushel, diante da retração de estoques para 2021;
  • Fora isso, as vendas semanais dos Estados Unidos continuam fracas e sem refletir uma forte demanda para o milho local, apesar dos baixos preços;
  • A Argentina e a Ucrânia têm preços de US$ 160/165 FOB e Brasil US$ 185, com EUA a US$ 155;
  • Surpreende os EUA não mostrarem fortes vendas neste momento;
  • China em nada interfere o mercado neste momento e sua safra começará a ser colhida no próximo mês.

No Brasil

  • O mercado interno tem preços muito firmes, com produtores resistentes a vendas mais expressivas neste momento, compradores de mercado interno presentes e exportadores tentando fechar os embarques mais curtos;
  • Não ha qualquer sinal de inversão de vendas pelas tradings para o mercado interno, mesmo porque o preço nos portos não é muito mais baixos do que no mercado interno de milho, e a operação não se viabiliza;
  • Sem qualquer sinal de importação. Essa custa hoje US$ 63/64 nos portos brasileiros mais os fretes internos, ou seja, distante dos preços internos praticados;
  • O setor consumidor não precisa pedir permissão para compras de milho norte-americano. O mercado está aberto. O custo também é de US$ 63 CIF porto. A úncia questão é que algumas transgenias não são aceitas no Brasil e há necessidade de segregação;
  • Não falta milho no mercado brasileiro, mas os preços são altos assim como a maioria das commodities no país.

Fonte: Agência Safras e Canal Rural

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