Ministério mantém estimativa para o valor da produção agropecuária do país

O montante, recorde, é 10% superior ao cálculo da Pasta para 2020, em valores já ajustados pela inflação.

Embora tenha ajustado levemente para baixo suas estimativas para soja, milho e bovinos, o Ministério da Agricultura voltou a manter em R$ 1,1 trilhão sua previsão para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2021, em parte graças à melhora do cenário para produtos como algodão e frango. O montante, recorde, é 10% superior ao cálculo da Pasta para 2020, em valores já ajustados pela inflação.

Lavouras

Para o VBP das 21 lavouras que compõem o levantamento, a projeção passou de R$ 749,9 bilhões, em setembro, para R$ 746,8 bilhões, 12% mais que em 2020 (R$ 666,6 bilhões). No caso da soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, o montante voltou a ser reduzido, em decorrência da queda dos preços, e passou a ser projetado em R$ 360,3 bilhões, ainda 28,4% acima do ano passado.

Para o milho, que teve a segunda safra do ciclo 2020/21 golpeada pelo clima, o ministério agora prevê R$ 121,6 bilhões, ante os 122,9 bilhões projetados em setembro e os R$ 114,5 bilhões do ano passado.

Entre as principais lavouras cultivadas no país, também deverão crescer em 2021 os VBPs da cana (1,9%, para R$ 83 bilhões), do algodão (13,7%, para R$ 29,8 bilhões), do arroz (3,3%, para R$ 20,3 bilhões) e do trigo (37,6%, para R$ 12,8 bilhões).

Em contrapartida, são esperadas quedas para café (9,9%, para R$ 36,4 bilhões), banana (8,6%, para R$ 12,6 bilhões), mandioca (6,1%, para R$ 11,4 bilhões), feijão (14,7%, para R$ 13,1 bilhões), tomate (19,4%, para R$ 10,3 bilhões) e cacau (2,5%, para R$ 3,9 bilhões).

Pecuária

Para o conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério ajustou sua projeção para o VBP em 2021 de R$ 356,5 bilhões para R$ 356,7, com alta de 8,4% ante 2020 (R$ 336,2 bilhões).

O segmento é liderado pelos bovinos, cujo VBP passou a ser estimado em R$ 153,9 bilhões, ante os R$ 155 bilhões previstos em setembro mas ainda 6,6% acima de 2020. Para o frango, a previsão passou a ser de avanço de 14,7% na mesma comparação, já que o montante subiu de R$ 103,4 bilhões para R$ 104,8 bilhões, enquanto para os suínos o valor foi levemente corrigido para R$ 30,3 bilhões, em queda de 4,8%.

O ministério também projeta avanço para o leite (0,3%, para R$ 50,1 bilhões) e baixa para os ovos (6,3%, para R$ 17,5 bilhões).

Fonte: Valor Econômico

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