 
        Abertura do mercado japonês desafia o domínio dos Estados Unidos e da Austrália e consolida o Brasil como maior exportador global
O Brasil está nas etapas finais para obter acesso ao cobiçado mercado japonês de carne bovina. Essa conquista pode não apenas reforçar a posição do Brasil como o principal exportador mundial do produto, mas também desafiar o domínio atual dos Estados Unidos e da Austrália, que são os principais fornecedores de carne para o Japão.
A notícia foi confirmada por Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, durante uma entrevista à Bloomberg News na Malásia. Segundo o ministro, o processo “está avançando rapidamente”.
Fávaro detalhou que o Brasil está concluindo a fase final do protocolo sanitário exigido pelo Japão. Ele demonstrou otimismo, afirmando que, uma vez finalizado esse protocolo, o mercado será aberto, com expectativa de que isso ocorra ainda antes do fim do ano.
Este avanço se soma a outra negociação concluída em setembro, que autorizou a exportação brasileira de produtos à base de gordura de aves, suínos e bovinos para o país asiático.
Um Mercado Estratégico
A abertura do Japão à carne bovina brasileira é vista como um avanço fundamental para o agronegócio nacional por diversas razões:
- Gigante Importador: O Japão, com 125 milhões de habitantes, é a terceira maior economia do mundo e também o terceiro maior importador global de carne bovina.
- Concorrência Direta: Atualmente, Estados Unidos e Austrália fornecem cerca de 80% de toda a carne bovina importada pelo Japão. A entrada do Brasil promete alterar essa dinâmica.
- Parceiro Comercial: Em 2024, o Japão já se consolidou como o sétimo maior destino dos produtos agrícolas brasileiros, movimentando US$ 3,3 bilhões (aproximadamente R$ 18 bilhões).
Fortalecimento da Imagem Global
A exportação para o Japão é uma meta de longa data do Brasil, que ganhou força significativa após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país em março.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) celebrou o anúncio. A entidade ressaltou que a entrada nesse mercado permitirá ao Brasil competir diretamente com os principais players globais, fortalecendo a imagem da produção nacional em termos de qualidade e sustentabilidade.
Em nota, a Abiec esclareceu que as exportações brasileiras atuarão de forma complementar à produção local japonesa. O objetivo é garantir uma maior oferta ao consumidor final no Japão, sem prejudicar a cadeia produtiva interna do país. A conclusão do protocolo sanitário é o último passo para que o Brasil acesse este valioso mercado.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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