Eu vou trabalhar para que as taxas do plano safra fiquem abaixo da casa de dois dígitos. Como fazer isso? Veremos, afirma Montes
“O plano de safra 2022/23 é um assunto delicado”, disse o ministro da Agricultura, Marcos Montes, em entrevista publicada nessa quarta-feira (4). Fato é que à medida que as taxas de juros sobem, as negociações em torno do próximo plano de safra devem se tornar mais difíceis.
Perguntado sobre os recursos para equalização tarifária no plano de safra 23/23, que teve início em julho, Marcos Montes disse que as discussões sobre equalização se basearam no valor do investimento no plano anterior, cerca de 13 bilhões de reais. “Em cima disso temos de jogar o diferencial de juros do ano passado para este, de três, três e setenta e cinco ao ano, para doze por cento ao ano. E tem também os custos da produção, que aumentaram muito”.
- Cooperativa Capal realiza Expoleite 2026 nos dias 2 a 4 de julho
- Gohobby fecha contrato com o Ministério da Defesa para fornecer drones ao Censipam
- R$ 10 milhões para acelerar expansão industrial, agrícola e turística em 2026
- Estresse em vacas gestantes: entenda os riscos para o futuro do rebanho
- Análise: O mapa das oportunidades para o mercado do boi em 2025/26
Marcos Montes disse ainda em entrevista que vai trabalhar pela redução das taxas de juros e maior abrangência do plano safra a ser lançado em julho. “Hoje, quando o produtor vai captar em qualquer ente privado, a taxa bate em 16%, 17%, até 20% ao ano. Eu vou trabalhar para que as taxas do plano safra fiquem abaixo da casa de dois dígitos. Como fazer isso? Veremos. Sou da opinião de que temos de atender um leque maior de produtores, principalmente porque não sabemos como vai se comportar o mercado financeiro nos próximos meses, nos próximos anos”.