Moagem de trigo no Brasil cresceu 3% em 2024, aponta Abitrigo

Pesquisa realizada pela entidade mostra que mais de 13 milhões de toneladas do cereal foram moídos pelas 150 plantas industriais.

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) divulgou os resultados da Pesquisa de Moagem de Trigo referente a 2024, que apontam um crescimento de 3% no volume do grão moído no Brasil em relação a 2023. Ao todo, foram processadas mais de 13,19 milhões de toneladas do cereal em 150 plantas industriais distribuídas pelo país, consolidando um aumento de 380.432 toneladas no período.

“O crescimento observado reforça a importância da cadeia moageira para a segurança alimentar do Brasil e demonstra a resiliência do setor em face de desafios econômicos e climáticos”, afirma o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa. O crescimento superior ao crescimento populacional aponta para a adoção dos produtos a base de trigo como fonte prioritária de alimentação dos brasileiros.

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A destinação das farinhas produzidas seguiu a tendência de anos anteriores. Os principais destinos da farinha de trigo foram: panificação e pré-misturas (30%), indústria de massas (15,4%) e indústria de biscoitos (11,9%).

O presidente-executivo enfatiza que os dados levantados na pesquisa são fundamentais para guiar estratégias de atuação do setor. “Este levantamento é um referencial indispensável para a indústria moageira nacional. Com base nele, a Abitrigo continuará a trabalhar junto aos seus associados para fortalecer a cadeia produtiva e atender às necessidades do mercado com excelência.”

Uso de trigo importado e armazenagem

Moagem de trigo no Brasil cresceu 3% em 2024, aponta Abitrigo
Foto: Divulgação

Um dado relevante do levantamento foi a análise da dependência do trigo importado na produção brasileira, que representa cerca de 50% do grão consumido. Em 2024, segundo a pesquisa, as regiões Norte e Nordeste apresentaram a maior proporção de uso de trigo importado, com quase todo o volume do cereal processado vindo de outros países. “Essa dependência reflete a falta de autossuficiência na produção local e a necessidade de estratégias logísticas eficientes para garantir o abastecimento”, destaca Barbosa.

Ele ainda reforça que esse cenário ressalta a importância do comércio internacional para a cadeia de trigo no Brasil e sugere oportunidades para o desenvolvimento de políticas voltadas à ampliação da produção nacional, especialmente em regiões com grande demanda e menor acesso ao trigo nacional.

Outro aspecto relevante foi a análise da infraestrutura de armazenagem estática nas plantas industriais, que revelou adaptações estratégicas de acordo com as especificidades regionais. “Esta é uma grande demanda de melhoria do setor: a necessidade de linhas de financiamento para expansão de silos para garantia dos estoques de trigo nacional, evitando que se exporte na safra, a despeito da insuficiência brasileira de produção de trigo, e se tenha que importar durante o ano”, evidencia Barbosa.

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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