Após dois anos marcados por reformas de governança, fortalecimento da base jovem e avanços em bem-estar animal, Mônica Ribeiro assegura novo mandato à frente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha, garantindo continuidade a um ciclo de modernização e diálogo ampliado no setor.
A reeleição de Mônica Regina Ribeiro de Castro Cunha para a presidência da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) consolida um momento histórico e de transição estratégica para o setor equestre brasileiro. Primeira mulher a assumir o comando da entidade em mais de meio século, Mônica liderou, entre 2023 e 2025, uma gestão marcada por modernização institucional, reorganização interna e fortalecimento da presença territorial da ABQM pelo país.
Agora, reeleita em chapa única, ela permanece na presidência até 2027, garantindo continuidade às mudanças estruturais que vem implementando.
Governança e profissionalização: ABQM mais ágil e eficiente
Entre as principais entregas da primeira gestão, a reforma do Estatuto e a reestruturação do Conselho de Administração se destacam. O conselho passa por redução gradativa — de 40 para 20 membros —, tornando decisões mais rápidas e estratégicas. O processo eleitoral também foi reorganizado, com um período de campanha mais curto e objetivo, reduzido de três para dois meses.
Outro avanço importante foi a institucionalização da transição entre gestões, garantindo continuidade administrativa e clareza na condução de projetos. Segundo Mônica, essa medida “elimina falhas e acelera o começo do mandato”, ao permitir que a nova diretoria assuma já alinhada ao funcionamento interno da Associação.
Fortalecimento da base jovem e senso de pertencimento
A gestão reativou de maneira definitiva a ABQM Jovem, criando um Festival Jovem multimodalidades, permitindo aos participantes experimentar diversas provas, conhecer a estrutura da Associação e compreender os princípios de governança e bem-estar animal do cavalo Quarto de Milha.
As ações voltadas à juventude também contemplaram formação, oficinas e eventos itinerantes. Essa aproximação fortaleceu a renovação geracional do esporte e promoveu senso de pertencimento entre novos competidores e criadores.
Eventos mais estruturados e foco em bem-estar animal
Um capítulo importante do mandato foi o reforço das políticas de bem-estar, especialmente na vaquejada, uma das modalidades de maior impacto no país.
Entre as ações, destacam-se:
- Pré-check obrigatório dos animais antes das competições
- Padronização de equipamentos
- Atuação mais rigorosa de juízes e equipes técnicas
- Abordagem educativa para competidores e treinadores
Nos eventos sediados em Araçatuba, houve melhorias estruturais e operacionais, como ventilação das pistas, reforço hidráulico e elétrico, acessos com reconhecimento facial, sanitários climatizados e nova logística para mitigação de impactos climáticos.
ABQM mais presente no Brasil e no mundo
A presença institucional da Associação foi intensificada com oficinas itinerantes, visitas a novas regiões esportivas (incluindo o Nordeste e a Amazônia Legal) e diálogo ampliado com outras raças, como Crioulo, Árabe e Mangalarga.
No âmbito internacional, a ABQM avançou na reaproximação com a AQHA, mirando integração esportiva e classificatória, reforçando o posicionamento da raça brasileira no cenário global.
Continuidade e novos desafios
A reeleição assegura a continuidade de políticas iniciadas e abre espaço para novas frentes, entre elas:
- Consolidação plena da integração com a AQHA
- Ampliação da ABQM Jovem e de programas de formação técnica
- Fortalecimento da presença da ABQM no debate sobre bem-estar e regulamentação das modalidades
- Modernização de estruturas e operações dos grandes eventos oficiais
Um marco de representatividade e transformação
A permanência de Mônica na presidência simboliza mais que continuidade — representa a consolidação de um novo modelo de gestão, baseado em diálogo, técnica, profissionalização e visão de futuro.
Sua presença à frente da Associação reafirma a força crescente das mulheres no comando de estruturas históricas do agronegócio e do meio equestre.
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